domingo, 23 de novembro de 2014

Capítulo 15: Indígenas no Brasil / Capítulo 16: América portuguesa

Olá pessoal,


Matéria da prova
Capítulo 15: “Os indígenas no Brasil” (páginas: 246-267)
Capítulo 16: “A América portuguesa” (páginas: 268-283)

Continuação – Capítulo 16

          Nesse capítulo vimos como foi o início da ocupação portuguesa na América. Os portugueses chegaram no Brasil em 1500 na expedição de Pedro Álvares Cabral, destinada, na verdade, para as Índias. É comum chamar o período que vai de 1500 a 1530 de pré-colonial. Por que? Ao contrário dos espanhóis, os portugueses não acharam metais na América e o comércio com o Oriente, nesse momento, era mais lucrativo para os portugueses.
Entre 1500-1530 os portugueses não ocuparam o território, apenas construíram algumas feitorias para a principal atividade econômica daquele momento: a extração do pau-brasil (a tinta extraída da madeira era utilizada para dar coloração em tecidos) através do escambo (pág.: 272) com os indígenas. A própria atividade extrativa não colaborava para a permanência dos portugueses, é por isso que esse período é chamado de pré-colonizador. NÃO houve escravização indígena nesse momento. Isso acontecerá somente após o início da colonização, depois de 1534. Porém, é difícil ter certeza se houve ou não nesse período uso da mão de obra escrava africana.
Por outro lado, quais as fontes que temos para estudar os índios? Os estudos sobre as sociedades indígenas no período colonial são realizados a partir de diferentes fontes. Por exemplo, é muito comum utilizar os vestígios materiais deixados por esses povos para conhecer suas histórias, costumes e sua organização. São diversos objetos, como vasos, armas, pontas de lanças, etc. Esses vestígios são estudados pela Arqueologia. (Leiam o capítulo todo, mas deem atenção especial para as páginas 255 e 256). Além dos vestígios materiais temos também o estudo das diversas línguas indígenas que ainda existem, os relatos escritos pelos europeus da época colonial e do Império (séculos XVI, XVII, XVIII e XIX) e, recentemente, as histórias contadas pelos próprios índios através dos relatos orais.

Porém, a partir de 1530, os portugueses passaram a sentir necessidade de ocupar a América. Por dois motivos: 
1) o comércio com o Oriente era cada vez menos lucrativos, seja pela concorrência com a Espanha e a França que também fizeram a sua expansão comercial e marítima ou pelo fato de Portugal não conseguir manter várias possessões no Oriente. 
2) a ameaça estrangeira no Brasil. A visita dos franceses, em busca do pau-brasil, no litoral brasileiro tornava-se cada vez mais frequente porque a França nunca respeitou o tratado de Tordesilhas, pois os franceses argumentavam que essas terras não eram domínio português porque não havia uma ocupação. De fato não havia. Por isso, o rei de Portugal percebeu que suas terras na América estavam ameaçadas.

Para mudar essa realidade foi enviada para o Brasil a expedição de Martim Afonso de Souza, responsável por organizar a ocupação do território e afastar a presença de estrangeiros. Entretanto, não levou muito tempo para os portugueses perceberem que devido à dimensão do território, a expedição não seria suficiente. Por isso, com o objetivo de garantir a posse do território pela ocupação, foram criadas em 1534, as capitanias hereditárias. Quem recebeu essas terras foi chamado de donatário. O donatário tinha autorização para criar vilas, nomear funcionários, construir engenhos e também, doar terras para os colonos. Essas terras eram chamadas de sesmarias

Foram criadas 15 capitanias, mas apenas 2 tiveram algum sucesso: São Vicente e Pernambuco. Ambas deram início à produção de açúcar, mas apenas Pernambuco teve sucesso duradouro. Os custos e a distância de S. Vicente em relação à Europa eram muito maiores em comparação com Pernambuco. Quanto mais longe do Nordeste, mais difícil era a comunicação com Portugal. No geral, houve um desinteresse muito grande por parte dos donatários em ocupar as terras brasileiras. Além disso, muitos não tinham recursos para ocupar capitanias tão grandes. (Vejam o mapa da página 274 e lembrem das imagens que mostrei em aula com as capitanias).
Como a divisão do território em capitanias não deu muitos resultados positivos, o rei português resolveu criar o governo-geral em 1548. O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa e era função dele organizar e fiscalizar da produção, realizar expedições em busca de metais preciosos, vigiar o litoral para evitar estrangeiros e catequizar os índios. Junto com o governador-geral chegaram também os jesuítas para realizar o trabalho de catequização dos indígenas.
          Foram criadas também as câmaras municipais (Lembra do cabildo? É a mesma coisa, só que agora na América portuguesa). Além de representar o interesse dos colonos a câmara tinha a função também de cobrar impostos, realizar obras, cuidar do abastecimento das cidades, dentre outros assuntos. Aqueles que ocupavam a câmara ficaram conhecidos como "homens bons".
         No entanto, o que garantiu a ocupação do território foi a plantação de cana de açúcar. O produto era muito cobiçado na Europa e contava com altos preços no mercado europeu. Portanto, por meio da plantação da cana de açúcar, Portugal além de garantir a ocupação, também conseguiu alguns recursos, principalmente no Nordeste, do Brasil. (Curiosidade: o Rio de Janeiro também foi um produtor de açúcar.)
      Falta dizer quem trabalhava nos engenhos. No início da colonização, os portugueses tentaram escravizar os índios. Porém, além de existirem leis que impediam a escravização indígena, os jesuítas eram fortes opositores do uso de índios escravos nos engenhos e, além disso, criaram diversos aldeamentos. Nesses lugares a escravidão indígena não era permitida e era nos aldeamentos também que os índios eram inseridos na cultura europeia e era tentada a sua conversão. Logo, os aldeamentos funcionavam como um lugar que transformava a cultura indígena, mas devemos lembrar também que era um espaço de fortes trocas culturais entre indígenas e europeus.  
Apesar das proibições não podemos afirmar que os índios não sofreram com a colonização portuguesa. Lembrem-se que os portugueses trouxeram doenças desconhecidas para os organismos dos indígenas e vitimou vários deles e à medida que os portugueses avançavam pelo território, os índios se retiravam para o interior. Não foram poucos os índios mortos por maus tratos e por armas de fogo. 
Para resolver essa questão, os portugueses passaram a dar preferência à escravizar os africanos porque não havia qualquer proibição pela Coroa portuguesa e também porque era uma fonte de lucro considerável para os comerciantes de escravos. (Aliás, os jesuítas não viam nenhum problema no uso de escravos africanos nos engenhos.)

Cronologia do início da colonização portuguesa:
1500: chegada dos portugueses no Brasil
1500-1530: período pré-colonizador
1530: expedição de Martim Afonso de Souza
1534: criação das capitanias hereditárias
1548: criação do governo-geral

É isso!

domingo, 16 de novembro de 2014

América portuguesa (CADERNO)

Esse post é para o caderno! Não é obrigado.

1500: expedição de Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil.
Objetivo principal: retornar às Índias

1502-1530: não houve colonização nesse período
O principal interesse dos portugueses era o pau-brasil obtido por escambo com os índios.

Inúmeras tribos indígenas existiam no território, como os kaiowás, temiminós, tapuias, dentre outros. Não se sabe exatamente quantos índios viviam na região quando os portugueses chegaram. Atualmente, são utilizados diferentes métodos de estudos para conhecer esses povos, como:
Arqueologia: estuda restos materiais deixados por esses povos.
Línguas existentes: estima-se que atualmente existam no Brasil 180 línguas diferentes
Relatos históricos: escritos deixados pelos europeus que passaram pela região dos séculos de colonização portuguesa.
Relatos orais: histórias contatas pelos próprios índios que foram transmitidas de geração a geração

E qual foi a consequência de anos de colonização?
Diversas tribos indígenas não existem mais e poucos são os índios no território nacional. Porém, atualmente existem órgãos públicos de proteção ao índio, como a FUNAI. Se as doenças trazidas pelos europeus e a violência da colonização mataram muitos índios naquela época, hoje o que os ameaçam são as explorações ilegais de madeiras, o avanço da agricultura e pecuária, o crescimento das cidades e o mau uso do meio ambiente.

Voltando ao século XVI

1530: criação das capitanias hereditárias.
Todo o território foi dividido em capitanias.
Objetivo
Ocupar: para garantir a posse do território
explorar: buscar riquezas, principalmente ouro e prata
defender: afastar os "piratas" 

Aqueles que recebiam as capitanias eram os donatários e tinham como função:
- construir engenhos
- fundar vilas
- doar terras (as sesmarias)

Apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente deram certo.
- A dificuldade de acesso e comunicação com Portugal eram muito grandes
- Várias capitanias registraram fortes conflitos com os indígenas
- PE e São Vicente tiveram sucesso na plantação de açúcar

1548: criação do governo-geral em substituição das capitanias gerais.
Objetivo: centralizar a administração
Funções
- organizar expedições para o interior em busca de metais preciosos
- estimular a catequese = conversão dos índios
- controlar o litoral = afastar os franceses

Companhia de Jesus chega ao mesmo tempo que o governador-geral.
Objetivo: converter os índios, construir Igrejas e responsáveis pelo ensino na colônia
Foram eles também que criaram os aldeamentos. Nesses locais, os índios eram, aos poucos, convertidos para o catolicismo.

Economia no início da colonização
- ampliação do cultivo de cana-de-açúcar nos engenhos
- cultivo de subsistência = para o próprio consumo
- criação de gado

Escravidão indígena e africana
No início da colonização houve escravização, principalmente, dos índios. Porém, problemas apareceram. As doenças trazidas pelos europeus mataram muitos indígenas, os jesuítas eram contrários ao trabalho escravo para o índio e Portugal também passou a proibir a escravização do índio. Não podemos esquecer da própria resistência dos índios. A escravização dos índios tornou-se menor, mas não quer que deixou de existir. Para resolver o problema de mão-de-obra os portugueses incentivaram o uso do trabalho escravo dos africanos.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Capítulo 14

Olá olá olá,
no post de hoje vou resumir as duas aulas dando destaque para o que vocês precisarão saber para prova. Não deixem de ler o livro, nem o caderno. Não esperem eu mandar fazer os exercícios, façam-os. É nessa hora que vocês percebem se aprenderam mesmo ou não. 
Os exercícios pedidos colocarei depois.

Matéria da prova
Capítulo 11: África do Norte e Ocidental (pp. 193-198. Destaque para a p. 197)
Capítulo 13: Povos da América (pp. 216-233)
Capítulo 14: A colonização da América pelos espanhóis (pp. 234-245)

Comecei as duas aulas chamando a atenção de vocês sobre a visão europeizada não apenas da nossa história, mas também das outras regiões que os europeus desconheciam a sua existência ou pouco conheciam. Isso quer dizer que começamos a estudar a América apenas a partir do contato com o europeu. É fundamental que vocês entendam que existiam sociedades que possuíam uma História e tradições e costumes muito antes da chegada dos europeus. É por isso que sempre escrevi a palavra "descobrimento" entre aspas. O termo descoberta é a visão do europeu sobre a América.

Na aula sobre o capítulo 13, vimos as civilizações maias, astecas e incas. Porém, dei destaque para os Incas. Estudem com carinho sobre eles! Páginas 226, 227, 228 e 229. Leiam!
Naquela aula mostrei no mapa presente no livro onde estava localizada a civilização Inca, destaquei para vocês a hierarquia da sociedade inca, divida entre a nobreza real (família real), a nobreza subordinada à família real, chefes locais, camponeses e trabalhadores urbanos e, por fim, os escravos. Na última aula, comentei o que era a mita.


O capítulo 14 apresenta como foi montada a colonização espanhola e os meios elaborados pela Espanha para melhorar a administração colonial. 
Discuti em aula alguns aspectos do contato entre europeus e indígenas quando mencionei o choque cultural e biológico entre eles. Ambos pertenciam a realidades muito diferentes e desconheciam a existência um do outro. Além disso, os europeus trouxeram várias doenças desconhecidas dos indígenas, fato que colaborou para a morte de inúmeros índios. Lembrem-se que as viagens ultramarinas eram muito longas e as condições de higiene eram precárias.
É muito comum destacar o caráter violento da dominação espanhola ou portuguesa sobre os indígenas. De fato, a colonização foi marcada também pela violência e intolerância europeia. No entanto, chamei a atenção que os europeus não dominar apenas através do uso da força porque havia a dependência com relação aos indígenas. Portugueses e espanhóis estavam em terras desconhecidas, portanto, para andar em terra eles dependiam dos indígenas. Isso não era diferente para a obtenção dos produtos desejados pelos europeus.
Essa dependência para a obtenção dos produtos e o desconhecimento do território explicam porque o contato com o indígena não poderia ocorrer apenas através da violência. 

Pacto Colonial (pp. 241-242 - Leiam, por favor)
A partir do momento que os europeus começaram a se instalar na América teve início a colonização dessas terras. Para tornar esse processo mais organizado, ou seja, para obter de maneira mais eficientes os produtos mais desejados elaborou-se o pacto colonial.
Definição: "pacto" estabelecido entre metrópole (Portugal ou Espanha) e as colônias (Brasil e demais regiões - América portuguesa e América espanhola). No "pacto" ficava estabelecido que as colônias poderiam comercializar apenas com a sua metrópole e não poderia haver concorrência com os produtos metropolitanos. Estabelecia-se assim uma espécie de monopólio comercial da metrópole em relação às colônias. Além disso, seria função das metrópoles abastecer as colônias com as manufaturas.

O pacto foi o meio que as metrópoles encontraram para tornar mais eficiente a exploração comercial e proteger a sua produção. Portanto, trata-se também de uma medida protecionista, pois evitava a concorrência. Porém, haviam limites nesse pacto. Muitas vezes as colônias eram responsáveis pela produção de seu próprio sustento, não era rara a presença de outros europeus no litoral brasileiro comercializando com os aqui estabelecidos locais e exemplifiquei isso também pelo contrabando da prata extraída do Peru, vários carregamentos de prata nunca chegaram na Espanha e por trocas comerciais feitas entre colônias e sem a participação da metrópole.


Administração colonial
Para melhorar a administração colonial a Espanha dividiu os territórios conquistados em vice-reinos, governadas pelo vice-rei, maior autoridade na América espanhola. O vice-rei sempre foi espanhol e pertencia à alta nobreza espanhola.
Além da criação dos vice-reinados, a Espanha criou também o Conselho das Índias e a Casa de Contratação para melhor administrar as colônias.
O cabildo (câmaras municipais) era o único estabelecimento político que permitia a participação de colonos, mas não de todos os colonos, apenas a elite local.



Revisitem
Capítulo 11 - página 197 - A cristianização do reino do Congo
Estará na prova.

Quando vimos a Expansão Comercial e Marítima destaquei que os portugueses precisaram, antes, contornar a África, o que resultou no contato com diferentes etnias africanas em busca de ouro, escravos e especiarias. Na África, de modo geral, os portugueses dependiam da ajuda das diferentes etnias africanas para obter os produtos desejados. Geralmente, as especiarias, o ouro e outros produtos estavam no interior do continente e eram trazidos nas caravanas comerciais pelos próprios africanos. Raras vezes os europeus foram para o interior do continente.

O contato estabelecido entre portugueses e congoleses teve uma consequência interessante: a conversão do chefe da etnia, o manicongo, ao catolicismo. Naquela aula destaquei que não se tratava de uma imposição europeia. Na verdade, o chefe local viu nos portugueses um poderosos aliado para combater as outras etnias que pretendiam tomar o poder dele. 


É isso!
Bons estudos!

Capítulo 13: Os povos da América espanhola

Olá pessoal,
este post, como o título já diz, é sobre "Os povos da América": Maias, Atecas e Incas. Logo, os povos que viviam na América antes da chegada dos europeus.

Capítulo 13: "Os povos da América" (pp.216-233)

Contatos com europeus - História europeizada
Assim como nos outros continentes (Europa, Ásia e África) devemos pensar os povos aqui residentes como sociedades que possuíam uma história e uma cultura.
Chamei atenção de vocês sobre como a nossa História é organizada e contada a partir do contato com o europeu e como ela é escrita de maneira europeizada, ou seja, a partir do olhar e da cultura europeia. Tentei demonstrar que isso não acontece apenas na América, mas também na África e na Ásia. Devemos sempre estar atentos para o fato de que africanos, asiáticos e americanos montaram sociedades que possuíam suas próprias crenças, tradições e costumes muito antes da chegada dos europeus.

Maias
Localização: América Central e Sul do México

     As cidades maias eram politicamente independentes entre si, o que quer dizer que nenhuma dominava as demais. Porém, por serem muito semelhantes e dividirem a mesma língua e religião, formavam a civilização maia. 
    É interessante destacar também os conhecimentos astronômicos desses povos. A partir da observação do céu, os maias tinham conhecimento sobre a duração do ano e suas estações. Isso era importante porque estamos falando de sociedades agrárias onde a produção do campo era essencial para a sobrevivência dessas civilizações. Por isso, era uma questão de vida saber quando plantar e colher.
    Apesar de seu funcionamento próprio, aos poucos as cidades maias foram abandonadas. No entanto, a cultura maia não desapareceu, ela foi absorvida pelos astecas que posteriormente ocuparam aquela região.


Astecas
Localização: vale do México (Ver página 222 - Mapa da América Central)

O Império Asteca foi formado através da dominação militar ou por alianças entre cidades e, assim como qualquer outra sociedade, havia uma organização social; uma hierarquia. No topo, estava a família real, que ocupava os principais postos na administração do império e do sacerdócio. Logo abaixo, mas não menos importante, estava a nobreza, também responsáveis pela administração, sacerdócio e defesa das cidades astecas. Depois vinham os camponeses e trabalhadores urbanos, como comerciantes e artesãos. Por fim, os escravos, muitos deles eram guerreiros derrotados em batalhas. 

Resumo
Família Real - principais cargos da administração e sacerdócio
Nobres - ocupavam cargos da administração, sacerdócio e defesa.
Camponeses e trabalhadores urbanos
Escravos - principalmente capturados em guerras.

Incas
Localização: costa oriental da América Sul - sul da Colômbia ao Chile (Andes)
Formado entre os séculos XII e XIII
Chefe supremo denominado de Inca
Capital: Cuzco (Atualmente esta cidade faz parte do Peru. Lembrem-se, não existem países na América)

     Assim como os astecas, o império inca é formado por diversas cidades localizadas ao longo da América do Sul, que tornaram-se aliadas ou foram dominadas. A dominação criada pelos incas possui uma característica específica, pois à medida que expandiam seus domínios a partir de Cuzco, os incas levavam a sua cultural, principalmente sua língua, o quíchua, falada ainda hoje em regiões do Peru e da Bolívia.

Organização social
     Do mesmo modo que os astecas, os incas também tinham a sua hierarquia social. No topo estava a família imperial, a alta nobreza, responsável por ocupar os principais postos da administração, do sacerdócio e de defesa. Depois deles e subordinada aos nobres reais estava a nobreza que não fazia parte da nobreza real que também ocupava posições de comando. Além dos nobres, existiam os antigos chefes das comunidades locais subordinados aos incas, os curacas. As camadas médias formadas por comerciantes, artesãos, militares, dentre outros. Por fim, os camponeses e os escravizados por dívida ou por guerra.

Nobreza Real - principais cargos da administração e sacerdócio
Nobres - ocupavam cargos da administração, sacerdócio e defesa.
Chefes locais - curacas
Camponeses e trabalhadores urbanos
Escravos - pessoas endividadas ou guerreiros capturados em guerras.

Organização do trabalho (p.229)
As terras incas eram divididas entre as famílias e eram utilizadas para o próprio sustento. Além das terras familiares, os templos e o próprio governo possuíam as suas terras de onde retiravam o seu próprio sustento. 
Prestem atenção que além dessa divisão de terras, os incas criaram uma divisão do trabalho para a realização das obras públicas, como a construção de templos, palácios, canais de irrigação para  agricultura, dentre outros. Para realizar essas obras era necessário convocar o trabalho coletivo de diferentes aldeias e vilas e essa solicitação era  feita de modo que houvesse um revezamento entre elas. O nome desse rodízio entre a mão de obra é mita e o objetivo era equilibrar a convocação das diferentes regiões para não afetar a produção agrícola. 


Bons estudos!!!

domingo, 19 de outubro de 2014

A colonização da América espanhola (Caderno)

Esse é o nosso 2° conteúdo para o caderno.

Civilizações estudadas: Maias, Astecas e Incas.

Visão eurocêntrica da História: trata de um visão que tem a Europa como centro. Quer dizer que a História dos povos americanos é contada a partir do contato com o europeu. Afirmar que houve a "descoberta" da América é também uma visão eurocêntrica porque pode sugerir que a história da América teve início somente depois de contato de portugueses e espanhóis com os indígenas.

Dominação das Civilizações
Houve um evidente choque cultural e choque de doenças porque os indígenas não tinham defesas para as doenças que os europeus traziam em consequência das péssimas condições de viagem.

Dominação Asteca - 1521
As ilhas do Caribe e Cuba serviram como ponto de partida para a chegada e dominação do continente. Hernan Cortés realizou expedições pelo interior do continente buscando riquezas. Para isso, foi fundamental a ajuda dos próprios indígenas. Por isso, os espanhóis não podiam ser muitos violentos com os indígenas, pois ele dependiam deles.

Incas 
A tomada de Cuzco ocorre em 1533 pela expedição de Francisco Pizarro. Os espanhóis encontraram um ambiente favorável para dominar esta civilização porque havia uma forte disputa para saber quem seria o próximo imperador dos Incas.

Sistema colonial

Como definir a colonização? Temos uma colonização quando espanhóis (e os portugueses no Brasil) habitam na América.
Por que colonizar? A Expansão Marítima buscava especiarias e metais preciosos. Aqui na América, os espanhóis logo acharam grandes quantidades de prata. Logo, colonizar é um meio de obter melhor certos produtos. Na América espanhola foi a prata, na América portuguesa o pau-brasil. Para colonizar, portanto, foi preciso montar um sistema colonial.

Pacto Colonial
O pacto colonial é o modo como a metrópole (Espanha ou Portugal) se relacionam com as suas colônias e estabelecia que as colônias poderiam comercializar apenas com as suas metrópoles e estas, teriam que abastecer as colônias com os produtos que necessitassem. 
Havia limites para esse pacto. Muitas vezes as colônias eram responsáveis pelo próprio sustento e haviam trocas comerciais entre colônias sem a participação da metrópole.

Vice-reinos
A América foi dividida em vice-reinos para melhor administrar a colonização e esses territórios ficavam a cargo dos vice-reis, eles eram os representantes do rei na América. Cabia a ele aplicar as leis da metrópole e fiscalizar o pacto colonial.

Companhia das Índias
Órgão localizado na Espanha. Tinha a função de tomar decisões sobre a administração e justiça da colônia.

Casa de Contratação
Fiscalizava as produções na América para evitar o contrabando. Por exemplo, a Espanha criou o regime de "porto único". Uma vez ao ano todo a produção destinada para a metrópole tinha apenas um destino: o porto de Sevilla. O único autorizado a receber produtos da América espanhola.

Cabildos
São as câmaras municipais e eram ocupadas pelas elites coloniais. Muitas vezes os interesses desses grupos eram diferentes aos interesses da metrópole, por isso, também fragilizavam o pacto colonial.

Povos da América (Caderno)

Copiem este post para o caderno. Lembrem-se que vale ponto.

Povos da América

Maias: América Central e sul do México
Astecas: vale do México
Incas: América do Sul

Maias
As cidades eram separadas e independentes, porém, possuíam a mesma religião e língua.
Tinham conhecimentos da astronomia e as utilizavam para ter uma agricultura mais próspera
Não se sabe que motivos levou os maias a desaparecerem. É possível que problemas agrárias tenha provocado a crise dessa civilização.

Astecas
A civilização asteca foi formada a partir da união de cidades por alianças ou por domínio militar.
Socialmente, o império era dividido da seguinte forma.
Família Real: ocupava os principais cargos da administração e religiosos (sacerdócio) 
Nobres: não pertencia à família do imperador, mas também ocupavam a administração, a chefia militar e o sacerdócio.
Camponeses
Escravos: muitos deles eram soldados derrotados em conflitos entre as cidades astecas.

Incas
Os incas estavam localizados na cordilheira dos Andes, na costa oriental da América do Sul. O seu chefe supremo se chamava inca e capital da civilização era a cidade Cuzco. Assim como os astecas, os incas também se formaram a partir de conquistas a outros territórios.

A divisão social na civilização Inca é semelhante a dos Astecas.
Família Imperial: ocupavam os mais importantes cargos na administração, militares e do sacerdócio.
Nobreza: ocupavam cargos nesses mesmos lugares, mas eram subordinados da nobreza imperial.
camadas médias: como comerciantes e artesãos.
Camponeses
Escravos

Organização do trabalho
As terras eram divididas entre as famílias e utilizadas para subsistência. Havia também a divisão de trabalho utilizados em obras públicas, como a construção de templos ou canais de irrigação para agricultura. Essa divisão tinha o nome de mita. Para realizar tais obras eram convocado para o trabalho coletivo em diferentes aldeias para não prejudicar a produção agrícola. 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Capítulos 11 e 12

Turma,
este post trata da presença portuguesa na Ásia e na África.
Tratei especificamente do reino do Congo, da Índia e da China.

     Sobre o reino do Congo mencionei que o povo que formava esse reino se chamava bakongo e o chefe político era denominado de manicongo. À medida que os portugueses navegavam em direção ao sul do continente africano, passaram a ter contato com esses grupos africanos interessados em especiarias como o marfim, ouro e escravos. Exemplo disso é a instalação de uma feitoria em São Jorge da Mina na costa ocidental da África. O objetivo dos portugueses era ter acesso direto ao ouro que vinha tanto do reino do Congo, como o reino do Mali. 
     Em parte esse comércio era feito pelos berberes que faziam parte das caravanas que cortavam o continente africano e às vezes serviam como intermediários no comércio praticado na região, porque eles que transitavam pelos seus dromedários com os produtos.
     Um fato curioso e importante marcou esse contato entre os portugueses e o reino do Congo. Estamos falando da conversão do manicongo para o catolicismo. Devemos ver essa atitude não como uma atitude forçada pelos portugueses. Os europeus não tinham força para tanto ao longo de toda a História Moderna que compreende os séculos XV, XVI e XVIII. A partir da conversão o manicongo buscava obter o apoio dos portugueses na luta para manter o poder, porque outros grupos dentro do povo bakongo disputavam a liderança do reino. 

Ásia

A partir do momento que os portugueses conseguiram chegar as Índias em 1498 na expedição de Vasco da Gama ficou confirmada a possibilidade de atingir a região contornando a África e com isso, esta quebrado o monopólio que árabes e italianos tinham sobre o comércio de especiarias. Consequentemente, o comércio realizado pelo mar Mediterrâneo aos poucos perdeu importância para a navegação comercial pelo oceano Atlântico.
Aproveitando o seu pioneirismo, os portugueses se instalaram em algumas regiões como as cidades de Málaca, Ormuz, Diu e Goa (as duas últimas fazem parte do território indiano atualmente). O domínio de Málaca possibilitou o acesso ao Extremo Oriente, ou seja, China e Japão. Primeiro, os portugueses estabeleceram contatos comerciais com a China e, posteriormente, eles tornaram-se responsáveis pelo comércio entre a China e o Japão, o que por sua vez, deu acesso ao Japão. Padres jesuítas (da Companhia de Jesus) foram enviados para a região para iniciar o trabalho de conversão dos locais.
Em 1557, a China permite que os portugueses se estabeleçam na cidade de Cantão.


É isso. 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Capítulo 10 - Expansão Marítima

Este não é para copiar Este não é para copiar  

Expansão Marítima 

Portugal

Pioneirismo português para a expansão marítima.
Comecei a última aula explicando exatamente isso.
a) Lembrem, mencionei que a centralização política em torno do rei ou, em outras palavras, a formação do Reino (Estado) de Portugal em torno do rei foi fator importante. Em teoria, todo o território entrou sobre o domínio de um mesmo senhor e, mais do que isso, era preciso de um Estado (reino) e um rei para organizar as diversas expedições que eram extremamente complexas e caras.
b) A existência de uma burguesia que enriqueceu em função do comércio entre o mar Mediterrâneo e o mar do Norte e que estava acostumada a abastecer os navios que paravam em Lisboa.
c) Como consequência do fato de Lisboa ser um ponto de parada nessa rota comercial, a cidade recebia muitos navios e marinheiros, o que possibilitava a troca de informações entre os navegantes e os portugueses. Não se esqueçam que a atividade pesqueira era muito comum antes mesmo da unificação portuguesa.
d) favorável posição geográfica de Lisboa – voltada é para o Atlântico. Vejam em algum mapa ou entrem no Google Maps e aproximem para ter uma boa visualização da localização da cidade.

TODOS esses fatores explicam as condições necessárias para tornar possível a Expansão Marítima.

E por que fazer a expansão?
Podemos simplificar ao máximo e afirmar que os portugueses buscavam encontrar um caminho alternativo para o comércio com as Índias e, com isso, quebrar o monopólio (a exclusividade) que os árabes e os italianos estabeleceram no comércio de especiarias do Oriente.
Porém não podemos esquecer que havia também a motivação religiosa de expandir a fé católica e a busca por metais preciosos (ouro e prata).
Devemos lembrar também que a Europa saía de uma enorme crise que abalou todo o século XIV. Lembram das guerras e da peste que estudamos? Todos aqueles acontecimento influenciarão de algum modo a Expansão Marítima. Por exemplo, a conquista de Ceuta ocorre em 1415 é a Inglaterra é a França ainda se enfrentavam na Guerra dos Cem Anos, que só terminaria em 1453. É um momento de problemas agrários justamente por causa da guerra com destruição de Campos ou a morte de pessoas responsáveis por cuidar desses campos. A Europa também estava em busca de ouro e prata, itens que começavam a tornar mais escassos no continente. Esses fatores também influenciam na expansão marítima e incentivam os homens a lançaram-se ao mar. A expansão marítima não foi um fenômeno exclusivo de Portugal, ela aconteceu também na Espanha, Inglaterra e França.

Em aula tentei chamar a atenção de vocês para o fato de que essa expansão foi gradual. O que isso quer dizer? Muitos anos foram necessários para descobrir que realmente era possível um caminho alternativo para as Índias através da navegação e contornando a África.

a) Conquista de Ceuta (1415)
A conquista dessa cidade marroquina tinha como objetivo:
               1) controlar o comércio realizado na cidade pelos muçulmanos
               2) obter maior controle sobre o mediterrâneo
               3) levar o catolicismo para a região

b) Viagens ao longo da África
Essas viagens aconteceram entre 1450 e 1480. Elas foram muito importante para aumentar os conhecimentos sobre a navegação no Atlântico, no sentido de saber mais sobre os regimes de ventos e correntes marítimas. (Lembrem-se estamos estudando uma época que não existe motor, GPS ou rádio.)
Ao longo desse tempo foram aperfeiçoados instrumentos de navegação como a bússola  e o astrolábio. O primeiro instrumento aponta o Norte e o segundo serve para calcular a altura dos astros no céu. À medida que as embarcações são direcionadas para determinado lugar as estrelas mudavam de posição, ficando mais altas ou mais baixas, e através desse posicionamento os navegadores sabiam se estavam na direção que eles desejavam ou não.

Não esqueçam dos mapas ou cartografia (=arte de fazer mapas). À medida que os navegadores se direcionavam para o sul o mapa do litoral africano foi desenhado gradativamente.

Ao longo da África foram estabelecidas feitorias. A partir do contato com os reinos africanos, os portugueses conseguiam ouro, escravos e algumas especiarias.

É muito comum citar nessa período algo que entrou para História como a Escola de Sagres. Na verdade, nunca foi uma escola de fato. Trata-se de uma reunião de vários viajantes e cartógrafos que trocavam informações sobre navegação.

CURIOSIDADE: Era muito comum que monstros marinhos estivessem desenhados (ou representados) nesses mapas. O oceano Atlântico tinha um sinônimo naquela época: mar tenebroso. Algumas pessoas acreditavam na existência desses monstros, como o Kraken, visto nos filmes do "Piratas do Caribe". Por outro lado, o objetivo desses desenhos era, de fato, aterrorizar as pessoas e desencorajá-las. Afinal, existiam outros países, como a Espanha, buscando o caminho alternativo para as Índias.
A lenda do Kraken é muito antiga. Ela está presente nos registros históricos desde os tempos dos Vikings. (Aliás, grandes navegadores. Dizem que eles navegaram até o território do atual Canadá muito antes de todos os países europeus). O Kraken pode ter sido confundido com a lula-colossal, que pode ser tanto grande quanto algumas espécies de baleias! Há também a lula-gigante.

Resumo: As viagens ao longo do litoral ocidental da África foram importantes para obterem maiores conhecimentos sobre a navegação. Quais? Correntes marítimas, regime de ventos, melhorias dos instrumentos de navegação e desenvolvimento dos mapas.

c) Viagem de Bartolomeu Dias (1488)
Bartolomeu Dias foi o primeiro a conseguir contornar o extremo sul do continente africano (onde hoje está localizado o país África do Sul). Até então a região era conhecida como cabo das Tormentas. A partir do feito do mencionado navegador aquela localidade foi renomeada para Cabo da Boa Esperança.

d) Chegada às Índias (1498)
Os portugueses conseguiram atingir o seu objetivo somente no final do século XV. Com o êxito desse objetivo, o comércio realizado pelo mar Mediterrâneo foi, aos poucos,  deslocado para o oceano Atlântico.

Alguns historiadores afirmam que chegar às Índia só foi possível com a ajuda dos próprios muçulmanos instalados ao longo da costa oriental da África. Aqueles que nós estudamos no capítulo 9.

Espanha

Assim como Portugal, a Espanha TAMBÉM BUSCAVA UM CAMINHO ALTERNATIVO PARA AS INDIAS. Porém, os espanhóis acreditavam ser possível descobrir esse outro caminho navegando para o Ocidente e sem contornar a África, como os portugueses fizeram.
Qual o resultado disso? 
1) A "descoberta" da América.
2) Circunavegação da Terra

Uma das consequências da descoberta de um novo continente foi o Tratado de Tordesilhas (1494) que estabelecia a divisão das terras descobertas e por descobrir entre Portugal e Espanha.

Além disso, a Espanha não demorou muito para descobrir grandes quantidades de prata na América, isto fez com que os espanhóis voltassem mais as suas atenções para a colonização da América com o objetivo de garantir e obter a prata da América.

Viagens Atlânticas
Como eram essas viagens? Pode-se dizer que eram longas, perigosas e caras.
O perigo do naufrágio era constante, nem todas embarcações resistiam aos longos períodos no mar ou às tempestades. Além disso, o fato de navegarem em águas desconhecidas facilitava a ocorrência de acidentes.
Não esqueçam que o cotidiano nessas embarcações eram muito difícil. Alguns alimentos estragavam em mar aberto e as condições de higiene não eram boas. Como expliquei para vocês, uma das doenças mais comuns era o escorbuto, causada pela deficiência de vitamina C.

domingo, 24 de agosto de 2014

Capítulo 9: "A expansão do Islá na África, na Ásia e na Europa"

Este não é para copiar. Este não é para copiar. Este não é para copiar. Esta não é para copiar


A expansão do Islã na África, na Ásia e na Europa.

Ainda no primeiro bimestre (capítulo 3) estudamos a formação do Islã. Agora veremos como a religião islâmica, se espalhou por diferentes territórios. Antes, deveríamos nos perguntar qual o motivo de estudarmos o islamismo, já que vivemos em um país onde a presença desta religião é muito pequena. 
O mundo árabe e o a religião islâmica passou a receber muita atenção a partir dos atentados terroristas contra os Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. A partir deste momento, o principal país do mundo se lançou no que se chama hoje "Guerra contra o Terror" e, como exemplo dessa iniciativa militar dos Estados Unidos, podemos citar a ocupação do Afeganistão e do Iraque.
Porém, essa "guerra" não é travada somente através do meio militar. Por exemplo, no ano passado o mundo descobriu um sofisticado mecanismo de espionagem montado pela CIA (a agência secreta dos EUA) com alcance global, ou seja, capaz de espionar os cidadãos americanos e os chefes de Estado de diversos países como a Alemanha e o Brasil.  Além de tratar de assuntos políticos e econômicos, o que explica todo esse esquema de espionagem é justamente essa Guerra contra o Terror, o objetivo é descobrir se americanos ou estrangeiros podem  estar envolvidos em planos para realizar outros atentados nos Estados Unidos.

Bom, vamos agora ao conteúdo. Estudaremos um longo período histórico, entre os séculos VII e XV, ou seja, entre os anos 800 e 1500.

Para explicar a expansão islâmica devemos antes falar sobre um fenômeno climático que foi essencial para  a expansão árabe e, consequentemente, do islamismo. Esse fenômeno se chama monções. 
As monções formam um regime de ventos que, em determinada época do ano faz com que os ventos soprem em direção ao Oceano (abril-setembro) e em outra época em direção ao continente (dezembro-fevereiro).
Boa parte da expansão islâmica foi feita através da navegação. Por isso, os árabes usavam as monções para navegar em direção ao Sudeste Asiático e à costa oriental da África.

A Expansão na África

A expansão na África oriental não foi pacífica, alguns reinos cristãos de longa data (como a Núbia e a Etiópia) localizados no nordeste do continente, foram contra a entrada dessa nova religião. Ambos entraram em conflito com os muçulmanos, para defender o catolicismo e temiam pela escravização que seria realizada em caso de derrota. Os núbios resistiram, mas com o tempo adotaram o Islã. Por outro lado, os etíopes tiveram mais sucesso e até hoje, o país é predominantemente cristão.

Como ocorria essa expansão?
Quando chegaram na costa oriental da África, os árabes se estabeleciam, principalmente, em feitorias, ou seja, em estabelecimentos comerciais e fortificados ao longo da costa. Nesses locais os muçulmanos mantinham as suas crenças e costumes e a partir das feitorias eles tinham contato com os locais e esse relacionamento com os locais tinha por objetivo, não apenas comércio, mas também a conversão para o islamismo.

Foi a partir desses contatos comerciais que surgiu a cultura suaíle. Uma mistura entre um grupo africano presente no nordeste e ao longo da costa oriental do continente africano, os bantos,  e muçulmanos vindos da península Arábica. Os muçulmanos tinham interesse na conversão desses nativos e no comércio realizados nas caravanas comerciais que cortavam o continente até o  lado ocidental, no qual os bantos estavam envolvidos. (Caravanas são extensas rotas comerciais que cortam o continente africano)

Observação: Os muçulmanos ocuparam apenas a costa africana. Ou seja, eles não entraram no continente por desconhecerem o interior e por causa das doenças que ameaçavam até mesmo no litoral.

A Expansão na Ásia

Índia
Em 1947, houve a separação entre a Índia e o Paquistão. A divisão do território foi feita por motivos religiosos, o objetivo era separar o Paquistão, localizado ao norte, de maioria muçulmana, da Índia, de maioria hinduísta
A religião islâmica não conseguiu avançar por toda a Índia por um impedimento geográfico, porque o planalto do Decã funcionou como um obstáculo natural. 

Curiosidade: Até hoje os dois países vivem tensões, mesmo com a separação. Além disso, para tornar a situação mais complicada, Índia e Paquistão possem bombas atômicas.

 A Ascensão das Dinastias Turcas

A dinastia otomana
Os otomanos, de origem turca, formaram o Império Otomano a partir da tomada do enfraquecido Império Bizantino (ou Império Romano do Oriente). A capital desse império era Constantinopla (hoje Istambul, capital da Turquia).   
Além de conquistarem a Mesopotâmia, a Arábia e o norte da Africa os turco-otomanos queriam dominar também a Europa, chegaram a subjugar algumas cidades do Leste Europeu, mas o seu avanço foi contido na Áustria, na cidade de Viena.

Obs: Na conquista da Arábia, os turco-otomanos dominaram as cidades de Meca e Medina. localidades onde surgiu o Islamismo. A partir dessa conquista os sultões (chefes políticos) tomaram para si o título de defensores da religião islâmica. 

A vida no Império
Havia alguma tolerância religiosa e os impostos cobrados pelos turco-otomanos eram menores do que aqueles que eram cobrados pelos cristãos. Havia ainda a possibilidade de cristãos convertidos ocuparem cargos no governo. 
Porém, o ponto fraco do Império era a sua dependência do exército, não havia uma administração que fizesse com que o seu poder chegasse em todas as regiões sob seu domínio, dependendo dos exércitos para mantê-las

Curiosidade: O Império Turco-Otomano deixou de existir apenas em 1918, com o fim da Primeira Guerra Mundial. 

domingo, 17 de agosto de 2014

Capítulo 10 - Expansão Marítima (caderno)

Galera,
aqui estão os slides adaptados para o caderno de vocês.
É mais uma parte que compõem os 2,0 pts do Trabalho bimestral

Expansão Marítima (séculos XV e XVI)


Portugal foi o primeiro reino a realizar a expansão. Porque:
- foi o primeiro reino a se formar na Europa = apenas um reino organizado conseguiu patrocinar as viagens
- a capital Lisboa fazia parte de um comércio marítimo: isso provocou o enriquecimento daquela burguesia e facilitou o acúmulo de informações sobre navegação. 

E por que fazer a Expansão Marítima?
a) O objetivo era descobrir um caminho alternativo até às Índias, região de onde vinham as especiarias, contornando a África. Até então, o comércio das especiarias eram de controle exclusivo dos árabes e italianos.
b) expandir a religião católica para o Oriente.
c) acumular ouro e prata.

Expansão Gradual
A expansão ocorreu aos poucos e passaram décadas até os portugueses conseguirem atingir as Índias.

1415: tomada de Ceuta (Marrocos)
Primeiro local que os portugueses chegaram na expansão marítima. Eles estavam movidos por interesses comerciais na cidade, religiosos para conversão e estratégicos, pois poderiam ter maior controle sobre o Mediterrâneo.

Viagens ao longo da África (1450/1460/1470)
Os portugueses tinham dois objetivos nessas viagens
1) reconhecer o litoral e comercializar com os locais. Nessas regiões eles obtinham ouro, escravos e algumas especiarias
2) Obter mais informações sobre navegação.

1488: viagem de Bartolomeu Dias - contorna o sul do continente africano

1498: chegada às Índias

1500-1501: 2a viagem para as Índias (Pedro Álvares Cabral)

Espanha
A Espanha foi o segundo reino a realizar a expansão marítima.
O reino entrou depois nesse contexto porque a Espanha ainda lutava contra os muçulmanos para expulsá-los do território espanhol.
Objetivo: chegar às Índias navegando em direção ao Ocidente. 
A consequência dessa escolha foi:
- a descoberta da América (1492)
- Tratado de Tordesilhas (1494): estabelecia a divisão das terras descobertas e por descobrir entre Portugal e Espanha.

As viagens
Os perigos das viagens eram grandes e sempre presentes. Sempre havia o risco de naufrágio e de ataques de piratas. As condições de higiene também não eram boas, o que facilitava o surgimento de doenças e a alimentação ruim reforçavam as precárias condições de saúde.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Capítulo 9 - Expansão do Islã (caderno)

Turma,
aqui estão os slides para o caderno para o caderno para o caderno para o caderno para o caderno.
Lembrem que eles devem ser copiados no caderno. 
Vale ponto!!! Caderno completo vale 2,0 pontos no trabalho bimestral!! 2,0 pontos

A expansão do Islã na África, na Ásia e na Europa
séculos VII-XV

Na África Oriental
Expansão sobre os reinos da Núbia e da Etiópia
- resistência de ambos em defesa do catolicismo e temor da escravização
- os núbios adotaram o islamismo e os etíopes mantiveram o catolicismo. Até hoje são maioria católica

Como os árabes chegaram na África?
Através das monções
É um fenômeno climático que ocorre na África Oriental e no Sudeste Asiático e trata-se de um regime de ventos que entre abril e setembro sopram em direção ao oceano e entre dezembro e fevereiro eles sopram em direção ao continente. Os muçulmanos aproveitavam esses ventos para ir e voltar das regiões que tiveram contato.

Cultura suaíle
A cultura e língua suaíle surgiu a partir da união dos bantos e dos islâmicos. Os bantos era um grupo que habitava parte da África Oriental e eles estavam ligados ao comércio das caravanas que cortavam o continente, as trocas envolviam ouro, escravos, marfim, ferro, peles, dentre outros produtos.

Quando os muçulmanos se estabeleceram na costa, foram criadas feitorias, uma espécie  de estabelecimentos comerciais fortificados (quer dizer, com defesas em caso de ataque dos nativos). Também era nessas feitorias que os muçulmanos mantinham as suas crenças e costumes.

Importante: Os muçulmanos permaneceram apenas no litoral. A entrada no continente dependia do acompanhamento dos nativos e, além disso, os árabes não tinham defesas contra as doenças africanas.  


Índia (Ásia)
Divisão dos país por motivos religiosos
Índia: maioria hinduísta
Paquistão: maioria islâmica

Por que a religião islâmica não converteu toda a Índia?
Por causa de uma barreira geográfica natural: o planalto do Decã.


Dinastia otomana
Império Otomano: formado a partir do domínio da cidade de Constantinopla

Império Turco-otomano (século XVI)
Domínio da Mesopotâmia e Arábia
Dominaram Meca e Medina
Tentativa de domínio do leste europeu. Foram interrompidos em Viena, na Áustria. 

Observação: Ao dominarem as cidades de Meca e Medina os turco-otomanos tomaram para si a responsabilidade de defensores da religião islâmica.

A vida no Império
- existia certa tolerância religiosa
- os impostos eram menores em relação ao mundo cristão
- os governantes (os sultões) aceitavam cristãos expulsos da Europa nos seus governos.

Fraqueza do império: dependia do exército para manter as regiões dominadas porque a administração do império não alcançava todas as regiões dominadas.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Dicas para AV2

Matéria: Renascimento e Reforma

Pessoal, como não deu tempo na última aula, passarei algumas dicas para a prova por aqui.
Deem atenção para os 2 conteúdos porque a prova está bem dividida: 5 questões para cada assunto.

Façam com calma e leiam as opções com atenção, elas podem confundir vocês porque algumas falam de assuntos que vocês nunca estudaram ou não estão 100% certas. 
Gente, muitos de vocês tem condições de fazer uma boa prova!
Estudem por onde acharem melhor: livro, caderno, blog ou questões. Indico o caderno e o blog. Mais resumidos e "vão direto ao ponto."

Sobre Renascimento
Não deixem de estudar tudo, mas vejam bem as características do Renascimento. Conversamos muito sobre isso em sala e passei exercícios sobre isso também. 
Vejam as críticas ou pensamentos do Renascimento em relação ao contexto que surgiram, como a oposição antropocentrismo X teocentrismo ou teoria geocêntrica X teoria heliocêntrica.
Não esqueçam de dar uma olhada na invenção da imprensa! Temos isso no blog e no livro.
E claro, não esqueçam dos protagonistas desse movimento: os artistas.

Sobre Reforma
Considero essa parte um pouco mais complicada, mas nada impossível, não se preocupem.
Vocês terão nessa parte duas questões de interpretação de texto para conseguir responder. Uma delas é bem tranquila, conversamos muito sobre o assunto abordado por ela. 
Estudem tudo, mas atenção especial para:
- as críticas de Lutero em relação a Igreja.
- Contrarreforma e o Concílio de Trento.

Molezinha!
Boa prova!

terça-feira, 24 de junho de 2014

Exercícios - Reforma

Turma,
vamos fazer exercícios sobre Reforma. 
Mesmo esquema dos exercícios sobre Renascimento.
Sem cópias, nem trabalhos iguais. 
Atenção ao que a questão está pedindo.
Façam em folha separada e entreguem na 6a, dia 27. 
Não poderei receber trabalhos depois dessa data. Infelizmente, quem não entregar ficará sem nota na segunda parte do trabalho.

1) O que foi a Reforma?


2) Explique o que foram as vendas de indulgências.


3) O que estabelecia o Ato de Supremacia criado por Henrique VIII?


4)  Qual o objetivo da Contrarreforma? 


5) Cite e explique três determinações do Concílio de Trento.

domingo, 22 de junho de 2014

Capítulo 8 - Reforma

Fala turma,
com essa capítulo fechamos a matéria para a AVII.
Matéria da prova:
Capítulo 7 - Renascimento
Capítulo 8 - Reforma

Vamos lá

O quer é a Reforma?
Por definição, a Reforma é uma ruptura dentro da Igreja Católica porque novas religiões vão surgir. 

E por que romper com a Igreja? Qual era o problema?
Para seus críticos, a Igreja Católica estava muito distante dos ideias que pregava, como uma vida regrada, comportando-se dentro dos valores cristãos e pregando uma vida humilde. Além disso, se envolvia demais em questões políticas e econômicas. Nada disso era feito por muitos eclesiásticos (ou religiosos) da Igreja.

Temos que lembrar também as vendas que a Igreja fazia para arrecadar recursos com o objetivo de concluir a Basílica de São Pedro. Havia a venda de cargos eclesiásticos para pessoas sem preparo e a venda das indulgências, quer dizer, a venda do perdão para pessoas que estivessem no Purgatório.
Diante do comportamento imoral para uma pessoa religiosa, por exemplo, religiosos envolvidos com mulheres e/ou se embebedando nas tavernas e as vendas absurdas da Igreja (você acabou de ler que a Igreja estava distante do que ela pregava), começaram a surgir seus críticos. 

Reforma Luterana (Alemanha)
- 95 Teses de Lutero (1517): contestam algumas ideias da Igreja
Lutero defendia a salvação pela fé. Somente a fé poderia salvar as pessoas. Para ele, as boas obras não ajudavam na salvação. Lutero defendia também que todas as missas na Alemanha fossem feitas em alemão para que todos pudessem entender e a livre interpretação da Bíblia. (Após o rompimento com a Igreja, Lutero traduziu a Bíblia para o alemão).
As ideias de Lutero entravam em choque com as ideias da Igreja Católica. Por isso, o papa Leão X exigiu a retratação de monge agostiniano, mas Lutero se recusou a obedecer. Por isso, ele foi excomungado. Esse momento marca a separação entre o catolicismo e o luteranismo. A região da Alemanha ganharia cada vez mais fiéis luteranos e perderia os católicos. Devemos lembrar que os nobres alemães apoiaram e protegeram Lutero da perseguição católica.

Reforma Calvinista (Suíça)
De João Calvino
Ideias de Calvino
Assim como Lutero, Calvino acredita na salvação pela fé. Com um detalhe. Calvino acreditava na predestinação das pessoas, ou seja, o destino das pessoas já estava escrito e não havia nada que pudesse ser feito para alterá-lo. Nem na terra, nem no céu. Mas como saber o seu destino? Através da riqueza. Para Calvino, a riqueza era um que pessoa tinha sido tocada pela graça divina, pela bondade de Deus. 
A religião criada por Calvino teve apoio dos burgueses por justificar a usura (=cobrança de juros). O catolicismo condenava tal prática e isto era um problema para muitos banqueiros. Imagina o dilema que essas pessoas viviam, pois trabalhavam com empréstimos com juros enquanto a religião que seguiam condenavam a sua atividade?
Por fim, no calvinismo não altares ou imagens de santos ou de Cristo.

Reforma Anglicana (Inglaterra)
Talvez o rompimento que teve os motivos menos nobre de todas que estudamos? Afinal, Lutero tinha ideias incompatíveis com a Igreja, assim como Calvino. As pessoas ouviam as suas ideias e se sensibilizavam, se interessavam e tempos depois se convertiam. É claro que há uma questão de fé em cada uma delas, de acreditar em algo que faz sentido. Entretanto, não podemos esquecer que há interesses políticos e econômicos envolvidos na escolha de uma nova fé. 

A Reforma Anglicana acontece a partir do momento que o papa Leão X se recusa a conceder o pedido de anulação do casamento do rei inglês Henrique VIII. A partir da negativa do papa, o monarca inglês rompe com a igreja e cria uma nova religião (a anglicana) e confisca os bens da Igreja. Na religião anglicana há menor espaço para o culto aos santos, embora eles não tenham sido eliminados. 

Ato de Supremacia
Ato criado por Henrique VIII no qual o rei inglês se declara o chefe religioso da Igreja Anglicana.

Contrarreforma ou Reforma Católica
O que é ? É a reação da Igreja Católica diante do surgimento das novas religiões. Para algumas pessoas, principalmente os religiosos da época, havia somente uma religião verdadeira e correta: a católica. Qualquer religião fora disso estava errado.

Concílio de Trento
Foi uma reunião com grandes nomes da Igreja para tomar medidas que contivessem o avanço protestante.
Que medidas foram essas?
- reafirmação da salvação pela fé e pelas boas obras.
- fim da venda das indulgências = a Igreja para de vender o perdão
- legitimação do culto aos santos = a Igreja Católica reafirma que não há problema algum em cultuar os santos, ao contrário das religiões protestantes.)
- melhor formação dos sacerdotes = com mais estudo e moralização do clero. Agora haveria maior controle sobre a vida e comportamento dos religiosos.
- manutenção do celibato = manutenção da proibição do casamento para todo o clero (para os religiosos, ok? Padres, bispos, cardeias, o papa. Não para os fiéis. Não inventa.)
- Tribunal da Inquisição - para julgar as heresias (são ideias que religiosas que são diferentes da interpretação oficial da Igreja). A Inquisição tinha tribunais em Portugal, Espanha e Itália na Europa. Na América Espanhola também tivemos tribunais. O Brasil recebeu visitas de pessoas que faziam parte do tribunal.
- Index = lista de livros proibidos para os católicos. Nela constavam os escritos de Lutero e Calvino (por razões óbvias!!!), mas também de Galileu Galileu e Kepler (descobridores da teoria heliocêntrica = a Terra gira em torno do Sol. Teoria oposta à geocêntrica e defendida pela Igreja - que o Sol girava em torno da Terra).
- criação da Companhia de Jesus = são os jesuítas. Agiram principalmente no Novo Mundo (nas colônias) e tinham por objetivo expandir a fé católica através da conversão de novos fiéis. A ação da conversão dos índios aqui no Brasil foi feita pelos jesuítas e foi fundamental para a colonização portuguesa no Brasil. Mas isso é assunto para o ano que vem.


Bons estudos!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Exercícios sobre Renascimento

Turma,
façam essas questões para completar a nota do trabalho bimestral.
Entreguem em folha separada e quem quiser pode imprimir as perguntas e depois escrever as respostas.
Respostas iguais em trabalhos diferentes serão anuladas.
Já atualizei o blog com o texto sobre o Renascimento para vocês terem mais informações.
Não é permitido entregar em folha de caderno.

1) Como podemos definir o movimento renascentista?


2) O Renascimento possuí várias características, dentre elas o Humanismo e o Racionalismo. Explique-as.


3) O Renascimento trouxe diversas mudanças no pensamento do homem medieval, como o desenvolvimento do antropocentrismo em oposição ao teocentrismo. Diferencie essas duas ideias.


4) Cite dois artistas renascentistas.


5) As Ciências também foi influenciada por esse contexto renascentista, pois é nesse momento que se desenvolve a teoria heliocêntrica. Explique o que defendia essa ideia.


6) Como o Renascimento incentiva o interesse pela Ciência?


7) O Renascimento é um movimento que busca criticar a Igreja? Por que?

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Capítulo 7 - Renascimento

NÃO precisa copiar isso.

O que quer dizer o termo Renascimento?
    O Renascimento é um conjunto de transformações culturais e sociais presentes em diferentes áreas das artes, como a pintura, a escultura, a arquitetura e a literatura. Considera-se que são resgatados e revalorizados os elementos da cultura greco-romana (= cultura clássica). Porém, precisamos destacar que essa cultura de obras literárias e textos filosóficos da Antiguidade nunca foi esquecida na Idade Média. 

    Esse movimento começou nas cidades italianas, principalmente, em Florença. Essas cidades eram as mais urbanizadas na Europa e caracterizadas pela forte atividade comercial entre o restante do continente e o Oriente.

   Como nós vimos, esse movimento também é marcado por várias mudanças na mentalidade das pessoas, ou seja, no modo como elas pensavam a vida nos séculos XIV, XV e XVI. Para começar, lembrem-se da oposição entre Teocentrismo X Antropocentrismo muito presente naquele contexto.
Em resumo:
Teocentrismo = Deus está no centro do universo. As explicações sobre acontecimentos cotidianos e naturais são explicados, em grande parte, pela religião.
Antropocentrismo = O Homem é colocado no centro do universo e ele deve buscar explicar os fenômenos naturais e os acontecimentos de sua própria vida através da razão; do racionalismo.

Outras características do Renascimento

Humanismo: Quer dizer a valorização do Homem. Ele deve buscar todo o tipo conhecimento para explicar o mundo e a natureza.
Racionalismo: É o uso da razão. A razão deve ser a fonte do conhecimento. Os homens devem explicar a vida e as ciências a partir da Razão e não pela Fé. Ou seja, o pensamento deve ser crítico.
Otimismo: Pensamento positivo e abertura para novo; para novos pensamentos e comportamentos.
Individualismo: Liberdade do indivíduo e de ação. Nesse momento começa a surgir a individualidade, ou seja, da diferenciação. Até então, essa maneira de pensar as pessoas não existia.
Hedonismo: Trata-se da busca pelo prazer individual.
Naturalismo: Representação do homem e da Natureza. Lembrem-se, a representação humana foi muito comum e valorizada nessa época e a representação feita pelos artistas era igual àquela feita pelos gregos, na Antiguidade Clássica. (Olhem a página 114. A escultura de Davi feita por Michelangelo)



Além dessas características listadas devemos destacar que O Renascimento pretende rever a relação entre o Homem e a Igreja (ou a religião) porque Esse movimento busca valorizar o homem, a natureza e as ciências. Por exemplo, a escultura de Davi feita por Michelangelo ou da Mona Lisa de Leonardo da Vinci e mesmo a Capela Sistina em Roma. Temos em todas essas obras as representações de humanos muito próximas da realidade. Muitas delas começam a ser elaboradas sem ter como objetivo ensinar algo sobre a religião. (Lembrem-se: poucos sabiam ler no período medieval, por isso, as artes eram utilizadas para ensinar algo sobre o catolicismo). As obras renascentistas não necessariamente tem por objetivo ensinar algo.

Mecenas
Quem eram?
Os mecenas eram burgueses enriquecidos com o comércio feito entre a Ásia e a Europa e patrocinavam os artistas. Eles concediam dinheiro, materiais para o desenvolvimento das obras de artes e muitas vezes sustentavam os artistas para que eles se preocupassem somente com a sua obra.
Os mecenas foi muito comuns no norte da Itália como consequência desse comércio que citei. Patrocinar artistas eram interessante para esses burgueses porque demonstravam para a sociedade o grande poder econômico desses burgueses e prestígio na sociedade.

Consequência do Renascimento na Literatura
A Literatura foi muito favorecida pela invenção da imprensa com a maquina de Gutenberg 
- Vários autores passaram a criticar muitos comportamentos e pensamentos da Idade Média.
- Desenvolvimento e fortalecimento de outras línguas que não o latim. Que outras línguas são essas? O português, o espanhol, o francês, o italiano, dentre outras. É nesse momento da História que as línguas vernáculas (ou vulgares) ganham muita força e são espalhadas porque as obras literárias como Os Lusíadas ou Romeu e Julieta foram escritas nas línguas de seus autores, o português e o inglês.
(Por que língua vulgar? Se consultarmos o dicionário para saber a definição da palavra vemos que vulgar quer dizer algo que é do povo, algo que é comum, algo que não é nobre. As "novas" línguas são chamadas de vulgares porque são faladas pelo povo, seja o rico ou o pobre, no cotidiano. Por outro lado, o latim era a língua dos religiosos, muitos deles eram nobres e o saber ler e escrever o latim era sinal de diferenciação na sociedade. Falar latim era coisa de nobre! Falar inglês, português ou francês era típico do povão. Do populacho. Algo vulgar e menos importante. Mas cuidado: todos os religiosos também sabiam a língua vernácula da região na qual havia nascido).

Consequência do Renascimento na Ciência
O Renascimento influenciará e incentivará as cientistas através do uso da razão (ou da racionalidade). Por isso, médicos e físicos passaram a basear os seus estudos através da observação e da realização de experiência sempre buscando explicações racionais para os resultados obtidos. Ou seja, os estudiosos aplicavam o racionalismo na ciência e, mais, acreditava-se que a ciência podia explicar tudo.

- desenvolvimento da Física e da Astronomia
É por causa do racionalismo renascentista que torna-se possível desenvolver a teoria heliocêntrica porque o Racionalismo defende o uso da razão para explicar a vida, nessa caso, a natureza. A teoria geocêntrica defendida pela Igreja dizia que o Sol girava em torno do Terra. Por outro lado, teoria heliocêntrica defende que a Terra gira em torno do Sol. O italiano Galileu Galilei, influenciado pelos estudos de outros físicos como Kepler e Copérnico, foi o primeiro a afirmar que, na verdade, a Terra girava em torno do Sol. Para afirmar essa ideia foram precisos vários anos de estudos, desenvolvimento de cálculos e muita observação da movimentação do Sol em relação a Terra e o próprio questionamento da teoria geocêntrica defendida pela Igreja.
O desenvolvimento a teoria heliocêntrica é a aplicação do Racionalismo nas Física.

- estudo da anatomia humana
Os maiores conhecimentos de Medicina e Anatomia também são consequência da aplicação do uso da razão (do racionalismo) na Ciência. Esses estudos permitiram maiores conhecimentos do corpo humano e, por isso, aumentam os recursos para os tratamentos de doenças e do funcionamento do nosso corpo. Os artistas renascentistas também estudavam anatomia para conseguirem imprimir maior realidade nas suas obras.
A Igreja Católica proibiu durante vários anos o estudo de corpos porque na sua concepção abrir os corpos era uma agressão pois, de acordo com a Bíblia, os homens foram feitos à imagem e semelhança de Deus. Por isso, abri-los era de alguma forma uma agressão contra Deus. Além disso, a Igreja defendia que os corpos não teriam paz caso fossem estudos.

Pelo que parece o Renascimento questiona algumas ideias defendidas pela Igreja, correto?