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Expansão Marítima
Expansão Marítima
Portugal
Pioneirismo português para a expansão marítima.
Comecei a última aula explicando exatamente isso.
a) Lembrem, mencionei que a centralização política em torno do rei ou, em outras palavras, a formação do Reino (Estado) de Portugal em torno do rei foi fator importante. Em teoria, todo o território entrou sobre o domínio de um mesmo senhor e, mais do que isso, era preciso de um Estado (reino) e um rei para organizar as diversas expedições que eram extremamente complexas e caras.
b) A existência de uma burguesia que enriqueceu em função do comércio entre o mar Mediterrâneo e o mar do Norte e que estava acostumada a abastecer os navios que paravam em Lisboa.
c) Como consequência do fato de Lisboa ser um ponto de parada nessa rota comercial, a cidade recebia muitos navios e marinheiros, o que possibilitava a troca de informações entre os navegantes e os portugueses. Não se esqueçam que a atividade pesqueira era muito comum antes mesmo da unificação portuguesa.
d) favorável posição geográfica de Lisboa – voltada é para o Atlântico. Vejam em algum mapa ou entrem no Google Maps e aproximem para ter uma boa visualização da localização da cidade.
TODOS esses fatores explicam as condições necessárias para tornar possível a Expansão Marítima.
E por que fazer a expansão?
Podemos simplificar ao máximo e afirmar que os portugueses buscavam encontrar um caminho alternativo para o comércio com as Índias e, com isso, quebrar o monopólio (a exclusividade) que os árabes e os italianos estabeleceram no comércio de especiarias do Oriente.
Porém não podemos esquecer que havia também a motivação religiosa de expandir a fé católica e a busca por metais preciosos (ouro e prata).
Devemos lembrar também que a Europa saía de uma enorme crise que abalou todo o século XIV. Lembram das guerras e da peste que estudamos? Todos aqueles acontecimento influenciarão de algum modo a Expansão Marítima. Por exemplo, a conquista de Ceuta ocorre em 1415 é a Inglaterra é a França ainda se enfrentavam na Guerra dos Cem Anos, que só terminaria em 1453. É um momento de problemas agrários justamente por causa da guerra com destruição de Campos ou a morte de pessoas responsáveis por cuidar desses campos. A Europa também estava em busca de ouro e prata, itens que começavam a tornar mais escassos no continente. Esses fatores também influenciam na expansão marítima e incentivam os homens a lançaram-se ao mar. A expansão marítima não foi um fenômeno exclusivo de Portugal, ela aconteceu também na Espanha, Inglaterra e França.
Em aula tentei chamar a atenção de vocês para o fato de que essa expansão foi gradual. O que isso quer dizer? Muitos anos foram necessários para descobrir que realmente era possível um caminho alternativo para as Índias através da navegação e contornando a África.
a) Conquista de Ceuta (1415)
A conquista dessa cidade marroquina tinha como objetivo:
1) controlar o comércio realizado na cidade pelos muçulmanos
2) obter maior controle sobre o mediterrâneo
3) levar o catolicismo para a região
b) Viagens ao longo da África
Essas viagens aconteceram entre 1450 e 1480. Elas foram muito importante para aumentar os conhecimentos sobre a navegação no Atlântico, no sentido de saber mais sobre os regimes de ventos e correntes marítimas. (Lembrem-se estamos estudando uma época que não existe motor, GPS ou rádio.)
Ao longo desse tempo foram aperfeiçoados instrumentos de navegação como a bússola e o astrolábio. O primeiro instrumento aponta o Norte e o segundo serve para calcular a altura dos astros no céu. À medida que as embarcações são direcionadas para determinado lugar as estrelas mudavam de posição, ficando mais altas ou mais baixas, e através desse posicionamento os navegadores sabiam se estavam na direção que eles desejavam ou não.
Não esqueçam dos mapas ou cartografia (=arte de fazer mapas). À medida que os navegadores se direcionavam para o sul o mapa do litoral africano foi desenhado gradativamente.
Ao longo da África foram estabelecidas feitorias. A partir do contato com os reinos africanos, os portugueses conseguiam ouro, escravos e algumas especiarias.
É muito comum citar nessa período algo que entrou para História como a Escola de Sagres. Na verdade, nunca foi uma escola de fato. Trata-se de uma reunião de vários viajantes e cartógrafos que trocavam informações sobre navegação.
CURIOSIDADE: Era muito comum que monstros marinhos estivessem desenhados (ou representados) nesses mapas. O oceano Atlântico tinha um sinônimo naquela época: mar tenebroso. Algumas pessoas acreditavam na existência desses monstros, como o Kraken, visto nos filmes do "Piratas do Caribe". Por outro lado, o objetivo desses desenhos era, de fato, aterrorizar as pessoas e desencorajá-las. Afinal, existiam outros países, como a Espanha, buscando o caminho alternativo para as Índias.
A lenda do Kraken é muito antiga. Ela está presente nos registros históricos desde os tempos dos Vikings. (Aliás, grandes navegadores. Dizem que eles navegaram até o território do atual Canadá muito antes de todos os países europeus). O Kraken pode ter sido confundido com a lula-colossal, que pode ser tanto grande quanto algumas espécies de baleias! Há também a lula-gigante.
Resumo: As viagens ao longo do litoral ocidental da África foram importantes para obterem maiores conhecimentos sobre a navegação. Quais? Correntes marítimas, regime de ventos, melhorias dos instrumentos de navegação e desenvolvimento dos mapas.
c) Viagem de Bartolomeu Dias (1488)
Bartolomeu Dias foi o primeiro a conseguir contornar o extremo sul do continente africano (onde hoje está localizado o país África do Sul). Até então a região era conhecida como cabo das Tormentas. A partir do feito do mencionado navegador aquela localidade foi renomeada para Cabo da Boa Esperança.
d) Chegada às Índias (1498)
Os portugueses conseguiram atingir o seu objetivo somente no final do século XV. Com o êxito desse objetivo, o comércio realizado pelo mar Mediterrâneo foi, aos poucos, deslocado para o oceano Atlântico.
Alguns historiadores afirmam que chegar às Índia só foi possível com a ajuda dos próprios muçulmanos instalados ao longo da costa oriental da África. Aqueles que nós estudamos no capítulo 9.
Espanha
Assim como Portugal, a Espanha TAMBÉM BUSCAVA UM CAMINHO ALTERNATIVO PARA AS INDIAS. Porém, os espanhóis acreditavam ser possível descobrir esse outro caminho navegando para o Ocidente e sem contornar a África, como os portugueses fizeram.
Qual o resultado disso?
1) A "descoberta" da América.
2) Circunavegação da Terra
Uma das consequências da descoberta de um novo continente foi o Tratado de Tordesilhas (1494) que estabelecia a divisão das terras descobertas e por descobrir entre Portugal e Espanha.
Além disso, a Espanha não demorou muito para descobrir grandes quantidades de prata na América, isto fez com que os espanhóis voltassem mais as suas atenções para a colonização da América com o objetivo de garantir e obter a prata da América.
Além disso, a Espanha não demorou muito para descobrir grandes quantidades de prata na América, isto fez com que os espanhóis voltassem mais as suas atenções para a colonização da América com o objetivo de garantir e obter a prata da América.
Viagens Atlânticas
Como eram essas viagens? Pode-se dizer que eram longas, perigosas e caras.
O perigo do naufrágio era constante, nem todas embarcações resistiam aos longos períodos no mar ou às tempestades. Além disso, o fato de navegarem em águas desconhecidas facilitava a ocorrência de acidentes.
Não esqueçam que o cotidiano nessas embarcações eram muito difícil. Alguns alimentos estragavam em mar aberto e as condições de higiene não eram boas. Como expliquei para vocês, uma das doenças mais comuns era o escorbuto, causada pela deficiência de vitamina C.
Isso é mais ou menos o resumo da prova?
ResponderExcluirPera são os capítulos 9 e 10?
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