quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Unidade 6 - cap. 1 - A lavoura canavieira

Olá turma,
esse post tratará do primeiro capítulo da nossa prova. Lembrem-se que nossa avaliação abordará os 2 capítulos da Unidade 6.
Vamos lá!


Nas aulas sobre o capítulo 1 conversamos sobre os primeiros anos da colonização no Brasil e como foi montada a administração para garantir a ocupação dessas terras. Quais os motivos que explicam esse desinteresse inicial de Portugal?
- comércio mais lucrativo com o Oriente

Recordem que entre 1500-1530 (século XVI) Portugal estava mais interessado no comércio das especiarias do Oriente, muito mais lucrativo. Porém, reinos como a Espanha e a França também se lançaram na Expansão Marítima e em pouco tempo entraram em concorrência com Portugal nessas trocas comerciais no Oriente e na África e tomaram pontos até então exclusivos dos portugueses. 

E o que motivou a mudança de postura de Portugal?
- A necessidade cada vez maior de ocupação de fato do Brasil para proteger e garantir esses terras contra piratas e contrabandistas.  

Por isso, em 1530, foi organizada e enviada a expedição de Martim Afonso de Sousa com o objetivo de fundar núcleos de povoamento e iniciar o plantio de açúcar. Nesse contexto, em 1532, fui fundada a vila de São Vicente (localizada em São Paulo). Já nesse período a Coroa portuguesa iniciou a distribuição de lotes de terras e exigiam a exploração do território tornando-a produtiva e busca de metais preciosos.

Como se sabe, a expedição não era suficiente para ocupar todo o território. Por isso, em 1543, a Coroa portuguesa adotou um sistema de administração chamado de Capitanias Hereditárias. Por definição, a capitania era uma faixa de terra administrada por um capitão donatário nomeado pelo rei e a partir da denominação das capitanias pode-se deduzir que eram terras que podiam ser transmitidas como herança (hereditárias). O capitão donatário tinha uma diversos poderes, privilégios e deveres, como doar sesmarias, fundar povoações, proibir a venda de terras, tornar a terra produtiva, dentre outros. (Revejam o quadro da página 186).

Dentre as 15 capitanias existentes apenas a de São Vicente e Pernambuco tiveram sucesso por causa do cultivo de açúcar e pelo relacionamento mais pacífico com os indígenas. Esse sistema de administração não deu certo porque cabia ao colono (o donatário) todos os custos e riscos da colonização. Por isso, diversos donatário sequer conheceram suas terras, até mesmo por falta de recursos.

Para solucionar tal questão a Coroa, em 1549, criou o cargo de governador-geral com o objetivo de garantir a colonização. O governador-geral tinha como função organizar a defesa da colônia, garantir os domínio, catequizar os índios, incentivar a produção agrícola e a busca por metais precisos, aplicar a justiça e organizar a cobrança de impostos. O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa e foi o responsável pela fundação da cidade de Salvador que se tornou a primeira capital do Brasil. 

Os engenhos de açúcar

Ainda em 1548, antes mesmo da adoção do governo-geral, a Coroa portuguesa passou a distribuir terras para a plantação de açúcar apenas para aqueles colonos que possuíssem recursos para a construção de engenhos. Revejam, por favor, as páginas 188 e 189 para recordarem como o engenho era complexo, com várias atividades e contava, inclusive, com trabalhadores livres. (Nós fizemos um exercícios sobre isso - página 193, número 3. É interessante revisitarem.)

Apesar de existirem trabalhadores livres e que recebiam um salário por sua atividade, a regra não era essa, pois era muito mais comum o uso do trabalho escravo. A primeira opção era a escravização do índio, mão de obra mais barata porque bastava capturá-lo. Porém a resistência a escravidão indígenas tornou-se cada vez maior a partir das constantes fugas do índios, profundos conhecedores dos territórios, e as constantes guerras entre as tribos. Além disso, havia o crescente trabalho de conversão dos indígenas pelos jesuítas e a consequente proibição desse trabalho escravo e a criação de leis que proibiam o uso do nativo. A escravização indígena era possível apenas pela guerra justa.

Essas proibições ao trabalho escravo indígena explicam a preferência pelo trabalho escravo do africano. Esse modelo já era aplicado nas ilhas portuguesas do Atlântico na produção de açúcar e o comércio de escravos era fonte de dinheiro para a Coroa portuguesa, porque todos os navios negreiros deveriam pagar uma taxa de embarque para Portugal.

A escravidão indígena foi mais comum nas regiões mais distantes do litoral porque era extremamente difícil e caro levar escravos para o interior do território.

Cronologia
1500-1530: período de pouco colonização
1530: expedição de Martim Afonso de Sousa
1543: formação das Capitanias Hereditárias
1549: adoção do Governo-geral 

2 comentários: