Unidade 7 - cap. 1 - choques de culturas: índios e europeus
cap. 2 - Indígenas e portugueses
Quando os portugueses chegaram ao
Brasil estimasse de 3,5 milhões à 5 milhões de indígenas, com diferentes
hábitos e línguas ocupavam a região. Os estudos sobre esse momento e, mesmo
anteriores ao início da colonização, estão em constante avanço e utilizam
diferentes estratégias para obter conhecimentos sobre esse contexto. Por
exemplo, a cultura material, encontradas por arqueólogos, que sobreviveu ao
desgaste do tempo, os relatos produzidos pelos colonizadores e mesmo as línguas
indígenas nos ajudam entender esses povos.
Vimos que todos os residentes
dessas terras foram chamados de índios. e os europeus ignoravam as suas
características específicas de cada grupo aqui existente. À medida que a
colonização foi desenvolvida, surgiram diferentes classificações para denominar
os indígenas, mas ainda assim de modo impreciso. O melhor modo de nomear os
índios atualmente é através da língua falada por eles. Existem duas vertentes
linguísticas importantes, a tupi e o macro-jê.
Os tupinambás, por exemplo, é um
povo falante da língua tupi
por exemplo, é um povo falante da
língua tupi e há relatos importantes, datados do século XVI, sobre os
tupinambás. Uma das principais características que estudamos sobre eles é a
realização do ritual
antropofágico, ou seja, o sacrifício e consumo da vítima.
O constante estado de guerra no
qual os tupinambás viviam com as demais tribos tinha um importante objetivo por
trás. A ideia não era tomar os territórios inimigos ou seus bens materiais e
sim, vingar os seus mortos em conflitos passados. Em caso de algum inimigo
capturado, ele seria destinado ao ritual e a ideia da antropofagia era
apaziguar o espírito dos parentes mortos e adquirir as qualidades do índio
sacrificado.
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Em abril de 1500, a esquadra de
Pedro Álvares Cabral, com destino às Índias, aporta na região onde hoje está
localizada a cidade de Porto Seguro com o objetivo de constatar a existência de
terras ao sul. Entre 1500 e 1530 a presença portuguesa no Brasil esteve
interessada praticamente no pau-brasil, conhecida e utilizada pelos europeus
para a fabricação de móveis e extração de tinta já há alguns séculos. A
extração da madeira era feita, em determinadas regiões, pelos indígenas,
levadas até as feitorias portuguesas para dali serem embarcadas nos navios. É
importante lembrar que o comércio do pau-brasil era feito por escambo, logo,
havia a troca de mercadorias entre índios e portugueses.
Nesse período inicial da
colonização a convivência entre portugueses e indígenas era pacífica. Essa
situação se alteraria a partir de 1530, quando Portugal decidiu, de fato,
ocupar o território Os ataques de ambos os lados eram cada vez mais frequentes,
mas os colonos portugueses, fizeram uso da guerra
justa para atacar e
escravizar os índios. Tal recurso era utilizada para a defesa dos colonos, como
era um dos únicos meios permitidos pela coroa portuguesa para a atacar os
índios e essa investida contra eles era permitida apenas em casos de ofensiva
indígena e de recusa à conversão ao catolicismo.
Logo no início da colonização a
escravização dos índios foi muito comum. Porém, ela foi cada vez mais combatida
por diversos motivos, como a elaboração de uma lei que proibia o uso de mão
escrava indígena ou pelo trabalho cada vez mais constate dos padres jesuítas da
Companhia de Jesus empenhados em converter os índios nas missões jesuíticas.
Nesses locais, os padres tinham por objetivo ensinar a fé católica, ensiná-los
a ler e escrever assim como introduzir valores europeus aos indígenas.
Não podemos esquecer, no
entanto, que estar nas missões não era uma garantia para não ser escravizados,
pois foram constantes o ataque de bandeirantes contra
essas missões em busca de mão de obra. Os bandeirantes eram habitantes da
região de São Paulo e organizavam expedições para capturar indígenas e, além
disso, procurar por metais preciosos como o ouro.
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