quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Unidade 7 - capítulo 1 - choque de culturas

Olá turma,
esse é o primeiro post para a nossa av2, ok? Sobre a conquista espanhola na América.

Cristóvão Colombo chegou o continente em 1492, mas o processo de colonização pelos espanhóis começaria a partir de 1520. Hernán Cortez aportou na parte norte da América, próximo aos astecas e, em pouco tempo atingiu o território ocupado por eles. Os espanhóis instalaram-se entre essa civilização indígena e adquiriu conhecimentos sobre o comportamento, os costumes dos astecas assim como as desavenças e alianças estabelecidas entre os diferentes grupamentos indígenas.

Em 1520, os espanhóis atacaram a capital asteca Tenochtitlán junto com índios inimigos desta tribo e em 1521 a cidade foi destruída e em seu lugar foi erguida a Cidade do México, incorporada como vice-reino da Nova Espanha.

Pouco tempo depois, em 1528, Francisco Pizarro chega à região do Império Inca e encontrou a civilização em disputa pelo poder de quem ocuparia o trono. A disputa interna na qual se encontrava os incas enfraqueceu as suas resistências diante do avanço espanhol e em 1533, a capita Inca, foi completamente dominada. Após o controle espanhol a região tornou-se o vice-reino do Peru e tinha como capital a cidade de Lima.

Como é possível explicar a conquista espanhola sobre as regiões? Quais fatores podem explicar esse acontecimento?
De início, pode-se dizer que os espanhóis tiveram a habilidade de fazer uso de problemas que já existiam antes mesmo de sua chegada, como o caso da aliança dos espanhóis com tribos inimigas dos astecas ou o caso inca que já se encontravam em disputa pelo poder. Além disso, devemos lembrar também do choque biológico a partir das doenças trazidas pelos espanhóis que mataram vários índios e da superioridade bélica dos espanhóis que possuíam armas de fogo, espadas e armaduras. 

Uma vez estabelecida a ocupação era necessário montar os mecanismos de exploração colonial. Como já visto, a Espanha dividiu os territórios conquistados em vice-reinos e nomeou funcionários espanhóis denominados de vice-reis para governá-los. Lembrem-se que um dos objetivos da colonização era a busca e extração de ouro e prata. A prata foi rapidamente encontrada e em abundância nesses territórios, principalmente em Potosí, na Bolívia. A autorização dessas minas era dada pelo rei e em troca exigiam o pagamento do quinto (20% de tudo produzido era destinado ao reino) e constituiu uma das principais fontes de recurso da Espanha. Para melhor controlar e fiscalizar as trocas comerciais a coroa espanhola elaborou também o sistema de porto único e de acordo com esse esquema poucas viagens eram feitas entre a colônia e a metrópole e apenas algumas cidades estavam autorizadas a ancorar esses navios, como Sevilla na Espanha e Cartagena, na Colômbia. 
Lembram do pacto colonial? Então. A estratégia do porto único é um dos meios de tentar estabelecer uma exclusividade de trocas entre colônia e metrópole e reduzir os possíveis desvios de mercadorias e trocas com outros reinos.

E quem trabalharia nesse novo contexto? Assim que a colonização teve início começaram também as expedições de apresamento de índios para a escravização, apesar da condenação da Igreja Católica a tal prática. Principalmente contra aqueles que encontravam-se nas reduções. 
Além disso, devemos destacar o uso da mita e da encomienda como forma de trabalho sobre os índios livres. Há, porém, diferenças entre a mita inca e a indígena. Entre os incas, a mita era um trabalho obrigatório realizado por alguns meses e entre os espanhóis, essa forma de trabalho foi transformada em um trabalho obrigatório permanente. Por sua vez, na encomienda o colono tinha a autorização de utilizar os indígenas nas fazendas ou mina por determinado tempo e ficava responsável pela instrução deles, assim como da sua manutenção, proteção e conversão dos índios. O que nem sempre acontecia.

É isso! 

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