sábado, 24 de agosto de 2013

Estudo Direcionado

Escrevi algumas coisas que vocês devem estudar com atenção para nossa avaliação. A ideia é que vocês reúnam as informações, lendo o livro, caderno e o blog. Em outras palavras, não é para ler somente as páginas que estou indicando, pode ser que vocês não entendam porque estão lendo frações do conteúdo. É bastante coisa, eu sei. Existem outras atividades, porém com alguma organização dará tempo de fazer isso tudo.
Muita alunos tiveram boas notas na Recuperação. Por que não repetir isso agora? Eu mesmo fiz a Recuperação e não estava diferente das outras avaliações, nem mais fácil!

DICA: Tentem responder todas as perguntas desse texto. Copie para o caderno e tentem respondê-las. Ao longo desse "exercício", vocês perceberão o que já esqueceram, onde estão as dúvidas e o que não entenderam. Recorra aos textos e podem perguntar pelo blog também.
O objetivo não é responder essas perguntas e decorá-las!!!

Estudem bem as condições que possibilitaram a expansão marítima de Portugal. Isso está no início do seu caderno e no livro também (Páginas 89, 90, 91, 166 e 167).
Que condições são essas? Centralização política, burguesia enriquecida...

Lembre-se da função do rei, nobreza, burguesia e Igreja na Expansão Marítima.
(O triângulo desenhado no final da aula.)

Atenção nos objetivos dos portugueses com a expansão.
Qual era o principal? Quebrar o monopólio comercial de especiarias estabelecido por árabes e italianos através da descoberta de um caminho alternativo para as Índias. (Caderno+Livro página 167 e 168)
Mas até chegar às Índias algumas inovações técnicas ocorreram. Quais? Exemplo: desenvolvimento da cartografia. E as outras? (Caderno+Livro: páginas 174, 175, 176, 178 e 179)
E até conseguir contornar a África? Os portugueses trocavam e tiveram contato com os africanos?

E como era a vida nessas viagens? Como era o cotidiano? Quais os perigos que existiam?
Estudem bem isso. (Caderno+blog+Livro: páginas 176 e 177)

E a Espanha?
Por que a Espanha foi segunda a entrar na expansão? Qual motivo interno explica isso? E quando conseguiu reunir condições para se lançar ao oceano, quais foram as conseqüências das suas navegações?

Capítulo 9
A Expansão do Islã na África, na Ásia e na Europa

Sobre a expansão do islamismo estudem com atenção especial aquele fator climático que contribuiu com o deslocamento dos árabes para a África Oriental e Sudeste Asiático. Comecei as aulas sobre o cap.9 falando sobre esse mesmo assunto. (Caderno+Livro: pp. 149 e 150)

Muita atenção no conteúdo sobre cultura suaíle. Tentem lembrar o que falei sobre a expansão islâmica na costa oriental da África. Como foi o contato entre os árabes e os africanos? O que os árabes buscavam no contato com alguns africanos? O que aconteceu a partir dessa convivência entre ambos os grupos? Os árabes entraram no continente africano através da costa oriental?
Vejam o mapa da pagina 150 para perceber a presença do islamismo na costa oriental africana. Na página 63 há um mapa mostrando a presença muçulmana no mundo. Percebam que esse mapa mostra a presença do Islã em regiões que apresentei para vocês, como a Turquia, Paquistão e Índia.

Sobre essa expansão do Islamismo eu selecionei para vocês o que achava muito importante e o critério de escolha foram aquelas regiões que apresentam conflitos atualmente em função da religião, onde a religião é um dos fatores que explicam conflitos ou onde surgiram consequências históricas por muitos anos, como a criação do Império Turco-Otomano.

Portanto, estudamos a presença islâmica na Índia e na Turquia (Turco-Otomanos).
Vimos que por motivos religiosos a Índia perdeu uma parte de seu território. Qual a religião da Índia? Esse território deu origem a que país? Qual a religião desse país? E por que o islamismo não tomou conta de toda a Índia? Existe uma explicação geográfica. Qual? (Caderno+Blog na parte de Islá Parte II+Livro: pp 152-153.

Deem atenção também aos Turco-Otomanos. Vimos que construíram seu próprio império, o Império Turco-Otomano, que só deixaria de existir após a Primeira Guerra Mundial, em 1918. Lembrem que a capital desse império era a famosa Constantinopla, renomeada para Istanbul. Não se esquecem os desejos de conquistas desse império que conseguiu dominar a Mesopotâmia, a Arábia e queria dominar a Europa. (Caderno+Blog+Livro: p; 159)
Aliás, qual conseqüência religiosa do domínio sobre a Arábia, região onde nasceu o Islamismo? (Caderno+Blog+Livro: p; 159)
E quando o domínio se estabelecia? Como era a vida nesse império? (Caderno+Blog+Livro: p.160 e 161)

Capítulo 10 - Expansão Marítima

Expansão Marítima 

Portugal

Pioneirismo português para a expansão marítima.
Comecei a última aula explicando exatamente isso.
a) Lembrem, mencionei que a centralização política em torno do rei ou, em outras palavras, a formação do Estado de Portugal em torno do rei foi fator importante. Em tese, todo o território entrou sobre o domínio de um mesmo senhor e. Mais do que isso, era preciso de um Estado e um rei para organizar as diversas expedições que eram extremamente complexas e caras.
b) A existência de uma burguesia que enriqueceu em função do comércio entre o mar Mediterrâneo e o mar do Norte e que estava acostumada a abastecer os navios que paravam em Lisboa.
c) Como conseqüência do fato de Lisboa ser um ponto de parada nessa rota comercial, a cidade recebia muitos navios e marinheiros, o que possibilitava a troca de informações entre os navegantes e os portugueses. Não se esqueçam que a atividade pesqueira era muito comum antes mesmo da unificação portuguesa.
d) favorável posição geográfica de Lisboa – voltada é para o Atlântico. Vejam em algum mapa ou entrem no Google Maps e aproximem para ter uma boa visualização da localização da cidade.

TODOS esses fatores explicam as condições necessárias para tornar possível a Expansão Marítima.

E por que fazer a expansão?
Podemos simplificar ao máximo ao afirmar que os portugueses buscavam encontrar um caminho alternativo para o comércio com as Índias e, com isso, quebrar o monopólio que os árabes e os italianos estabeleceram no comércio de especiarias.
Porém não podemos esquecer que havia também a motivação religiosa de expandir a fé católica e a busca por metais preciosos (ouro e prata).

Em aula tentei chamar a atenção de vocês para o fato de que essa expansão foi gradual. O que isso quer dizer? Muitos anos foram necessários para descobrir que realmente era possível um caminho alternativo para as Índias através da navegação.
a) Conquista de Ceuta (1415)
A conquista dessa cidade marroquina tinha como objetivo:
               1) controlar o comércio realizado na cidade pelos muçulmanos
               2) obter maior controle sobre o mediterrâneo
               3) levar o catolicismo para a região

b) Viagens ao longo da África
Essas viagens aconteceram entre 1450 e 1480. Elas foram muito importante para aumentar os conhecimentos sobre a navegação no Atlântico, no sentido de saber mais sobre os regimes de ventos e correntes marítimas. Lembrem-se estamos estudando uma época que não existe motor, GPS ou rádio.
Ao longo desse tempo foram aperfeiçoados instrumentos de navegação como a bussola  e o astrolábio. O primeiro instrumento aponta direções (Norte e Sul) e o segundo serve para calcular a altura dos astros no céu. À medida que as embarcações são direcionadas para determinado lugar as estrelas mudavam de posição, ficando mais altas ou mais baixas, e através desse posicionamento os navegadores sabiam se estavam na direção que eles desejavam ou não.
Não esqueçam dos mapas. Ou da cartografia (=arte de fazer mapas). À medida que os navegadores iam para o sul o mapa do litoral africano foi sendo desenhado.
E mesmo os navios passaram por adaptações. As galés, muito bem adaptadas, ao mediterrâneo não eram eficientes no Atlântico. Por isso, as caravelas foram desenvolvidas. Essas embarcações eram mais adequadas aos objetivos das viagens: comércio e investigação do litoral e eram mais velozes e menos dependentes do ventos. Posteriormente surgiram as naus, com maior capacidade de defesa de ataques piratas e de carregamentos comerciais e tripulantes.
Ao longo da África foram estabelecidas feitorias. Com o contato com os reinos africanos, os portugueses conseguiam ouro, escravos e algumas especiarias.

CURIOSIDADE: Era muito comum que monstros marinhos estivessem desenhados (ou representados) nesses mapas. O oceano Atlântico tinha um sinônimo naquela época: mar tenebroso. Algumas pessoas acreditavam na existência desses monstros, como o Kraken, visto nos filmes do Piratas do Caribe. Por outro lado, o objetivo desses desenhos era, de fato, aterrorizar as pessoas e desencorajá-las. Afinal, existiam outros países, como a Espanha, buscando o caminho alternativo para as Índias.
A lenda do Kraken é muito antiga. Ela está presente nos registros históricos desde os tempos dos Vikings. (Aliás, grandes navegadores. Dizem que eles navegaram até o território que é hoje o Canadá muito antes de todos os países europeus). O Kraken pode ter sido confundido com a lula-colossal, que pode ser tanto grande quanto algumas espécies de baleias! Há também a lula-gigante.

Resumo: As viagens ao longo do litoral ocidental da África foram importantes para obterem maiores conhecimentos sobre a navegação. Quais? Correntes marítimas, regime de ventos, melhorias dos instrumentos de navegação e desenvolvimento dos mapas.

c) Viagem de Bartolomeu Dias (1488)
Bartolomeu Dias foi o primeiro a conseguir contornar o extremo sul do continente africano (onde hoje está localizado o país África do Sul). Até então a região era conhecida como cabo das Tormentas. A partir do feito do mencionado navegador aquela localidade foi renomeada para Cabo da Boa Esperança.

d) Chegada às Índias (1498)
O portugueses conseguiram atingir o seu objetivo somente no final do século XV. Com o êxito desse objetivo aos poucos, o comércio realizado pelo mar Mediterrâneo foi, ao poucos, sendo deslocado para o oceano Atlântico.

Alguns historiadores afirmam que isso só foi possível com a ajuda dos próprios muçulmanos instalados aos longo da costa oriental da África. Aqueles que nós estudamos no capítulo 9.

Espanha

Discutiremos a Espanha mais detalhadamente nas próximas aulas, mas prestem atenção em alguns aspectos importantes sobre a expansão da Espanha.
Assim como Portugal, a Espanha TAMBÉM BUSCAVA UM CAMINHO ALTERNATIVO PARA AS INDIAS. Porém, os espanhóis acreditavam ser possível descobrir esse outro caminho navegando para o Ocidente e sem contornar a África, como os portugueses fizeram.
Qual o resultado disso? 
1) A "descoberta" da América.
2) Circunavegação da Terra

Discutiremos em sala um acordo entre Portugal e Espanha chamado de Tratado de Tordesilhas. Esse tratado pode ser entendido como uma consequência da descoberta destas terras ao Oeste. (É, meus alunos, tudo em História tem uma explicação, os assuntos estão ligados. Poucas coisas na História são explicadas pelo acaso)


Viagens Atlânticas
Como eram essas viagens? Pode-se dizer que eram longas, perigosas e caras.
O perigo do naufrágio era constante, nem todas embarcações resistiam aos longos períodos no mar ou às tempestades. Além disso, o fato de navegarem em águas desconhecidas facilitava a ocorrência de acidentes.
Não esqueçam que o cotidiano nessas embarcações eram muito duros. Alguns alimentos estragavam em mar aberto e as condições de higiene não eram boas. Como expliquei para vocês, uma das doenças mais comuns era o escorbuto, causada pela deficiência de vitamina C.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A Expansão do Islã - Parte II

A Expansão na Ásia

Pérsia xiita
O Estado persa (Persia: região do Irã) adotou como religião oficial o Islamismo de vertente xiita. Isto criou muitas conflitos com os árabes, de maioria sunita. (p.55-Explica o que é xiita e sunita). Os seus governantes são chamados de  e tinha poder absoluto, pois acreditava-se que ele era enviado de Deus.

(Saiba mais: Essa diferenciação causa conflitos até hoje dentro do Irã)


Índia persa
Em 1947, houve a separação entre a India e o Paquistão. A divisão do território foi feita por motivos religiosos, o objetivo era separar o Paquistão, localizado ao norte, de maioria muçulmana, da Índia, de maioria hinduísta. 
A religião islâmica não conseguiu avançar por toda da Índia por um impedimento geográfico, porque o planalto do Decã funcionou como um obstáculo natural. 

Curiosidade: Até hoje os dois países vivem tensões, mesmo com a separação. Além disso, para tornar a situação mais complicada, India e Paquistão possem bombas atômicas.

 A Ascensão das Dinastias Turcas

As invasões mongóis
Os mongóis fundaram um enorme Império que compreendia quase toda a Ásia e parte da Europa, até a Hungria. No entanto, após a morte do seu líder o império se fragilizou e foi fragmentado e partilhado entre seus descendentes, o que possibilitou a formação de novas lideranças políticas no mundo islâmico.

A dinastia otomana
Os otomanos, de origem turca, formaram o Império Otomano a partir da tomada do enfraquecido Império Bizantino. A capital desse império era Constantinopla (hoje Istambul, na Turquia).   
Além de conquistarem a Mesopotâmia, a Arábia e o norte da Africa os turco-otomanos queriam dominar também a Europa, chegaram a subjulgar algumas cidades do Leste Europeu, mas o seu avanço foi contido na Áustria, na cidade de Viena.

Obs: Na conquista da Árabia, os turco-otomanos dominaram as cidades de Meca e Medina. localidades onde surgiu o Islamismo. A partir dessa conquista os sultões (chefes políticos) tomaram para si o título de defensores da religião islâmica. 

A vida no Império
Havia alguma tolerância religiosa e os impostos cobrados pelos turco-otomanos eram menores do que aqueles que eram cobrados pelos cristãos. Havia ainda, a possibilidade, de cristãos convertidos ocuparem cargos no governo. 
Porém, o ponto fraco do Império era a sua dependência do exército, não havia uma administração que fizesse com que o seu poder chegasse em todas as regiões sob seu domínio.

Curiosidade: O Império Turco-Otomano deixou de existir apenas em 1918, com o fim da Primeira Guerra Mundial. 


A Expansão do Islã - Parte I

Bem, acabaram as férias, infelizmente. Portanto, tudo que nos resta é ir ao trabalho!
O post de hoje é, em parte, sobre a matéria da AV I.
Conteúdo
Capítulo 9: "A expansão do Islã na África, na Ásia e na Europa." (pp.146-163)
Capítulo 10: "A Expansão Marítima Europeia" (pp.164-181)

Hoje escreverei apenas sobre o capítulo 9. A ideia é que vocês copiem no caderno, será mais completo do que eu vou colocar no quadro sexta-feira.

A expansão do Islã na África, na Ásia e na Europa.

Ainda no primeiro bimestre (capítulo 3) estudamos a formação do Islã. Agora veremos como a religião islâmica, se espalhou por diferentes territórios. Antes, deveríamos nos perguntar qual o motivo de estudarmos o islamismo, já que vivemos em um país onde a presença desta religião é muito pequena. 
O mundo árabe e o a religião islâmica passou a receber muita atenção a partir dos atentados terroristas contra os Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. A partir deste momento, o principal país do mundo se lançou no que se chama hoje "Guerra contra o Terror" e, como exemplo dessa iniciativa militar dos Estados Unidos, podemos citar a ocupação do Afeganistão e do Iraque.
Porém, essa "guerra" não é travada somente através do meio militar. Por exemplo, há poucas semanas o mundo descobriu um sofisticado mecanismo de espionagem montado pela CIA (Agência Secreta dos EUA) com alcance global, ou seja, praticamente o mundo inteiro foi espionado por eles. O que explica todo esse esquema de espionagem é justamente essa Guerra contra o Terror, o objetivo é descobrir se americanos ou estrangeiros podem (ou mesmo em outros países) estar envolvidos em planos para realizar outros atentados no Estados Unidos.

Bom, vamos agora ao conteúdo. Vamos abranger um longo período histórico, entre os séculos VII e XV, ou seja, entre os anos 800 e 1500.
Copiem (ou imprimam) a partir desse ponto.

Para explicar a expansão islâmica devemos antes falar sobre um fenômeno climático que foi essencial para essa propagação dessa religião. Esse fenômeno se chama monções. 
As monções formam um regime de ventos que, em determinada época do ano faz com que os ventos soprem em direção ao Oceano (abril-setembro) e em outra época em direção ao continente (dezembro-fevereiro).
Boa parte da expansão islâmica foi feita através da navegação. Logo, os árabes usavam as monções para navegar em direção ao Sudeste Asiático e à costa oriental da África.


A Expansão na África

A expansão na África não foi pacífica, alguns reinos cristãos de longa data (como a Núbia e o Etiópia) localizados no nordeste do continente, foram contra a entrada dessa nova religião. Ambos entraram em conflito com os muçulmanos, pois estavam defendendo a religião adotada e temiam pela escravização que seria realizada em caso de derrota. Os núbios resistiram, mas com o tempo adotaram a o Islã. Por outro lado, os etíopes tiveram mais sucesso e até hoje, o país é predominantemente cristão.

Como ocorria essa expansão?
Os árabes se estabeleciam, principalmente, em feitorias, ou seja, em estabelecimentos comerciais e fortificados ao longo da costa onde chegavam. Nesses locais os muçulmanos mantinham as suas crenças e costumes. A partir das feitorias eles tinham contato com os locais, esse contato tinha por objetivo, não somente comércio, mas também a conversão.

Foi a partir desses contatos comerciais que surgiu a cultura suaíle. Uma mistura entre uma etnia africana do nordeste do continente e muçulmanos vindos da península Arábica. Os muçulmanos tinham interesse na conversão desses nativos e no comércio com o ocidente realizados por eles através das caravanas. (Caravanas são extensas rotas comerciais que cortam o continente africano)

Os muçulmanos ocuparam apenas a costa africana. Ou seja, eles não entraram no continente por desconhecerem o interior e por causa das doenças que ameaçavam até mesmo no litoral.