quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Unidade 6 - Capítulo 3 - As instituições da Europa Moderna

Esse é o post final do conteúdo av1 minha gente.

Os últimos conteúdo que estudamos, como a Expansão Marítima, o Renascimento, as Reformas Religiosas e a centralização do poder real acontecem todos ao mesmo tempo. Falta escrever sobre o fortalecimento do poder do rei. 
Isso não é exatamente uma novidade porque já vimos isso quando estudamos, ainda no século XIII a formação do primeiro reino europeu: Portugal. Nos outros reinos, como Espanha, França e Inglaterra esse fortalecimento do poder régio e a formação de um reino acontece ao longo do século XIV, XV e XVI. Vocês devem lembrar que estamos saindo da Idade Média e entrando na Idade Moderna. Até então vimos que os reis, quando existiam, concorriam com o poder dos senhores feudais, por outro lado, na modernidade, o que estudamos é justamente o aumento do poder dos monarcas e o controle maior em relação aos senhores feudais. 
Nesse processo foi fundamental a participação de três grandes protagonistas: o rei, a nobreza e a burguesia. O rei era o responsável por dirigir o reino, a nobreza está sempre próxima do poder porque o próprio monarca é um nobre e, por fim, a burguesia. Os burgueses tem interesse em apoiar o aumento do poder do rei em relação aos senhores feudais porque isso auxiliaria nas suas atividades econômicas já que uma vez formado um reino os burgueses teriam que pagar apenas os impostos do rei, seguiriam as leis estabelecidas por ele e usaria a moeda que teria o valor por todo o reino. Enfim, apoiar o monarca era bom para os negócios! Em contrapartida, o rei tinha total interesse em receber o apoio da burguesia porque eram os impostos pagos por ela que abastecia os cofres do reino e possibilitariam a formação de um Exército para a defesa do reino e a contratação de funcionários os assuntos burocráticos.
Desse processo de centralização do poder real surge o Absolutismo, ou seja, uma forma de governo na qual o rei tem vastos poderes em diversos assuntos, como a decretação de impostos, elaboração de lei, aplicação da justiça, dentre outros. No absolutismo o poder do reis é praticamente ilimitado.
Ao estudarmos isso, precisamos abordar também o mercantilismo
O mercantilismo era forma como a economia dos reinos absolutistas funcionavam. As principais práticas de modelo econômico eram:
- metalismo: os reinos deveriam acumular a maior quantidade de ouro e prata possível.
- protecionismo: o comércio do reino deveria ser protegido da concorrência do produtos dos outros reinos.
- balança comercial favorável: os reinos deveriam vender mais do que comprar
- colonialismo: obter e manter colônias.
As colônias faziam todo o sistema funcionar. Porque era delas que vinham as quantidades de ouro e prata obtidas pelos reinos, como Espanha e Portugal. Além disso, através do Pacto Colonial as metrópoles (como Portugal) buscavam restringir o comércio da colônia com outros reinos, garantir a venda de seus produtos e controlaria também tudo o que era produzido pela colônia. 
Supostamente era assim que deveria funcionar o pacto. Contudo, na prática o pacto colonial e o colonialismo tinha muitas dificuldades para se manter porque não foram raros os casos da colônia mantendo uma produção de diversos produtos para seu próprio sustento e a comercialização de produtos entre as próprias colônias sem que as metrópoles controlassem esse comércio.

É isso! Bons estudos!!

Unidade 6 - Capítulo 2 - Reformas religiosas

Olá turma,
essa é a segunda parte do conteúdo.

No capítulo 2 estudamos como ocorreu o nascimento das religiões protestantes ou evangélicas na Europa, ainda no século XVI. Na realidade, os religiosos críticos a certas práticas da Igreja Católica não tinham a intenção de criar novas religiões, mas diante das posições da igreja a ruptura tornou-se praticamente certa. 
Mas que críticas eram essas contra Igreja?

Nesse momento da história vemos a Igreja extremamente envolvida em disputa de poder com os reis. Não esqueçam que nesse mesmo momento vários reinos, como Espanha, França e Inglaterra, estão em processo de formação ou consolidação dela e, por isso, havia uma disputa de poder entre os reis e o papa porque os monarcas buscaram limitar o poder dos papas impedindo a cobrança de impostos religiosos ou aprovando a nomeação de religiosos feitas pelo papa. Além disso, alguns religiosos criticavam o enorme envolvimento da Igreja com questões materiais como a disputa por terras e as demonstrações de riquezas para afirmar o seu poder.
Um dos religiosos extremamente críticos à Igreja foi o monge alemão Martinho Lutero. Ele era contrário à venda de indulgências (perdão) promovida pela igreja para custear a construção da Basília de São Pedro (localizada no Vaticano). Para Lutero, não era possível que as pessoas comprassem o perdão dos pecados e, com isso, obtivessem a salvação das suas almas. Segundo o religioso, as pessoas conseguiriam a salvação das suas almas apenas pela fé.  Por outro lado, a igreja considerava que um dos meios de obter a fé era praticas as boas ações, as boas obras. Temos aí mais um ponto de atrito entre Lutero e a Igreja. 
A ruptura entre Lutero e a Igreja Católica acontece quando o papa obriga o monge alemão a se retratar e defender a as ideias da igreja sobre salvação e sobre a venda  do perdão. Diante da negativa de Lutero em rever suas posições, do apoio de nobres e burgueses às suas ideias e da consequente excomunhão feita pelo papa contra Lutero surgia, então, o luteranismo.
E quais as outras ideias defendidas por Lutero além da salvação pela fé?
Ele defendia a livre interpretação da Bíblia e não apenas o papa. (Lutero traduziu o texto sagrado do latim para o alemão com o objetivo de atingir o maior número de pessoas possível e não apenas aos religiosos.) Lutero também rejeitava a necessidade de um clero (um padre, por exemplo) para mediar a relação entre os fiéis e Deus. Além disso, eliminou o culto dos santos e das imagens.

Devemos lembrar que não foi apenas o luteranismo que surgiu diante dessa ruptura. Na região da Suíça desenvolveu-se o calvinismo. Essa religião é uma vertente do protestantismo e surgiu a partir do luteranismo. De acordo com João Calvino, a salvação não pode ser conquistada porque, na verdade, as pessoas estavam predestinadas ou não e na sua concepção a fé e a prosperidade econômica eram sinais de que a pessoa havia sido escolhida por Deus.

A Igreja Católica precisava reagir diante do avanço das religiões protestantes e tomou uma série de medidas para combater o crescimento do luteranismo e do calvinismo. Uma delas foi a formação da Companhia de Jesus, em 1534. Os membros da companhia, chamados de jesuítas, tinha por objetivo percorrer o mundo para espalhar a fé católica e converter os povos não cristãos para aumentar o número de fieis. (Lembrem que ao mesmo tempo está ocorrendo a Expansão Marítima e, por isso, a atuação dos jesuítas ocorrerá na América, na África e na Ásia). 
Além da formação da companhia, a Igreja Católica organizou o Concílio de Trento (1545-1563). O concílio foi uma reunião de autoridades religiosas católicas com a presença do próprio papa para elaborar estratégias visando combater o avanço protestante e reorganizar o catolicismo. E quais as medidas tomadas pelos religiosos no concílio?
- manteve a autoridade do papa 
- manteve a reza das missas em latim
- manteve o celibato (não podem casar) para o religiosos
- elaborou-se o catecismo
- fundação de seminários para formar melhor os religiosos
- criou o Index - uma lista de livros proibidos para os católicos
- reforço do Tribunal do Santo Ofício (ou a Inquisição): para julgar os católicos que desviassem da religião.

De Reformas Religiosas é isso!

Unidade 6 - Capítulo 1: Renascimento

Olá olá
esse é o primeiro post da av1
O conteúdo é toda a unidade 6: Renascimento, Reformas e Instituições da Europa Moderna
Não esqueçam!!

O que é o Renascimento ou Renascimento cultural?
O Renascimento acontece na virada da Idade Medieval para a Moderna (século XIV) e marca uma mudança significativa na mentalidade da sociedade europeia e na maneira como as pessoas liam o mundo.
Existem três conceitos básicos no estudo do Renascimento: o humanismo, o antropocentrismo e o racionalismo.
O humanismo, desenvolvidos por pensadores, buscava a valorização do ser humano. Um ser capaz de raciocinar, de realizar, de conquistar; um ser que tem possibilidades de destino e capaz de realizar escolhas. Isto nos leva ao antropocentrismo. Ideia que afastava valores religiosos medievais e que considerava o destino dos humanos não dependia de Deus. Quer dizer, é uma substituição da ideia teocêntrica de que Deus está no centro do universo e da vida das pessoas, enquanto o antropocentrismo coloca o ser humano como o grande protagonista de sua existência. Há, por fim, o racionalismo como forma de pensamento e método de observação nas pesquisas cada vez maiores nas diversas ciências.

Exemplificamos esses três conceitos de diferentes formas. Para vermos o racionalismo em prática, podemos olhar para a Física já que foi no período do Renascimento que desenvolveu-se a teoria de que a terra não era o centro do universo, como defendia a Igreja Católica pelo geocentrismo, e sim, o Sol era o centro do universo (heliocentrismo) e planetas que giravam ao seu redor. Essa conclusão foi possível a partir da aplicação do racionalismo, de cálculos, observação e pesquisas.

Além das ciências, as artes  também compõem um excelente meio para entender o Renascimento porque o humanismo aparecerá com muita força nas pinturas e esculturas porque as figuras humanas serão representadas da maneira mais real possível (Lembram da escultura de Davi de Michelangelo?) Há também a presença do racionalismo porque os artistas precisavam observar e estudar a forma do corpo humano pela Anatomia para conseguir realizar representações reais assim. Não podemos esquecer que serão retomadas várias características inspiradas na cultura greco-romana, como a mitologia. 
Recordem das imagens que vimos em sala, como a "Mona Lisa" e "Ultima Ceia" de Leonardo da Vinci. A escultura de "Davi" feita por Michelangelo ou as pinturas da "Capela Sistina" no Vaticano e "O Nascimento de Vênus" de Sandro Botticelli. Todas essas obras apresentam características do Renascimento, como a representação de figuras mitológicas gregas, a quase perfeição da representação da figura humana, e claro, o enorme destaque dado para a mesma.

Faltou apenas relembrar o papel dos mecenas, ou seja, dos comerciantes e banqueiros (os burgueses) que patrocinavam ou encomendavam as obras de artes 

Até!