quarta-feira, 28 de maio de 2014

Capítulo 6: "A crise do século XIV"

Olá turma,
com esse post fechamos o conteúdo da AVI.
Conteúdo: Capítulos 5 e 6.

No capítulo 6 tratamos de 3 temas em especial:
- Peste negra
- Fome
- Guerras

Esses três temas reunidos compõem a crise do século XIV e eles estão muito relacionados.
     O primeiro surto de peste da história entre 1348-1350 matou boa parte da população europeia. A doença veio em navios da região da Crimeia (que há poucos meses nos tempo atuais fazia parte da Ucrânia) região controladas pelos venezianos. Quando a peste chegou na cidade de Veneza e Gênova - as cidades italianas eram as mais urbanizadas de toda a Europa - a doença se alastrou pelas diversas rotas comerciais criadas ao longo dos século anteriores em consequência da expansão populacional e comercial da Europa. A peste foi muito mais forte nas cidades, embora também tenha atingido a região rural, porém, com menos força. Além disso, a peste foi muito democrática e matava pobres e ricos com a mesma intensidade e houve dois tipos de peste: a bubônica, presente nas pulgas presentes nos ratos e a pneumônica, presente nas gotículas de saliva, muitas vezes suspensas no ar.

       De certa forma a peste trouxe um novo problema. Como a mortalidade da doença era muito alta menos pessoas estavam presentes no cidade e também nos campos. Por isso, havia menos gente para cuidar das colheitas e, com isso, menor era a quantidade de alimentos disponíveis. Não demorou muito tempo para os primeiros sinais de escassez de alimentos aparecerem. Mesmo com a diminuição de pessoas no campo, os senhores feudais aumentaram ou mantiveram os impostos que deveriam ser pagos pelos camponeses e dificultavam a saída deles para as cidades. 
     Precisamos lembrar também que as expansão da população e da agricultura vista desde o século X (estamos estudando o séc. XIV) obrigou a ocupação de campos não tão férteis ou ocupados originalmente por florestas, à medida que essas áreas verdes eram destruídas alterava-se o clima da região, causando fortes chuvas que destruíam a colheita ou fortes secas. Depende da região estudada.

       Por fim, há ainda a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) (vejam que a peste ocorreu no mesmo período: 1348-1350) entre a Inglaterra e a França. A partir do momento que o rei francês morreu sem deixar herdeiros a nobreza inglesa reivindicou o trono francês, pois muitos desses nobres eram provenientes da Normandia, região norte da França. O conflito se desenrolou por mais de 100 anos e com algumas pausas nos conflitos. Criar e sustentar tropas era muito complicado na época.
      No lado francês, essa guerra ajudou os reis franceses na unificação do seu território porque muitos senhores feudais (seus vassalos) morreram em batalha, com isso, os reis aproveitavam para dominar esses feudos e se impor nas regiões (o assunto que discutimos longamente no capítulo anterior). Logo, a Guerra dos Cem Anos ajuda na centralização política da França. Após o fim do conflito, ganho pelos franceses, a Inglaterra mergulhou numa crise por causa da derrota para os franceses na qual duas famílias disputavam o trono inglês, os York e os Lancaster. Este fato histórico ficou conhecido como Guerra das Duas Rosas e é , ao mesmo tempo, uma consequência política por ter perdido a Guerra dos Cem Anos. O conflito inglês só foi concluído com o casamento das duas famílias. Esta união, na verdade, simbolizava uma aliança das duas famílias. 
      Antes de finalizar, precisamos lembrar da história inglesa sobre o fortalecimento do poder real. Bem, não podemos afirmar que houve um fortalecimento, diferente do que estava acontecendo nos outros países da Europa. Em 1215, o rei inglês daquele contexto precisou assinar a Magna Carta. Este documento limitava o poder dos reis porque algumas decisões, como criação de impostos, precisariam ser consultadas pelo Grande Conselho. Esse conselho lança as bases do Parlamento inglês (existente até hoje). Tempos depois o Parlamento seria divido em Câmara dos Lordes, ocupada pela alta nobreza inglesa e a Câmara dos Comuns, ocupada pela burguesia.


É isso, bom estudo!

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